Na noite da última segunda-feira (25), um grupo de moradores se reuniu na Avenida Prefeito Freitas Neto, no bairro Mocambinho, Zona Norte de Teresina, para protestar em nome de Francisca das Chagas Campelo, uma idosa de 78 anos que perdeu a vida em um trágico acidente de trânsito. O protesto, que ocorreu exatamente uma semana após o incidente, clamou por medidas de segurança, como a instalação de semáforos e redutores de velocidade na avenida, onde o atropelamento aconteceu.
A tragédia que mobilizou a comunidade
Francisca foi atropelada no dia 19 de agosto por um motociclista de apenas 15 anos, que seguia pela avenida no sentido Sul-Norte. De acordo com informações do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), a idosa estava atravessando a faixa de pedestres no momento do acidente. O impacto foi tão forte que ela caiu na pista e faleceu no local.
No ato de protesto, amigos e familiares de Francisca se reuniram em um ato de luto e de reivindicação, ouvindo a música religiosa “Segura Na Mão De Deus” enquanto soltavam balões brancos como uma forma de tributo. O vídeo do protesto rapidamente circulou nas redes sociais, gerando comoção e apelo por ações imediatas de segurança no trânsito da região.
Responsabilidades e investigações
Após o atropelamento, o jovem motociclista foi detido e a moto foi apreendida. Ele e sua motocicleta foram levados à Central de Flagrantes de Teresina, onde prestou depoimento. A Polícia Civil do Piauí agora investiga as circunstâncias que levaram ao acidente e a responsabilidade do envolvido, considerando a idade do condutor e a gravidade do incidente.
A demanda por segurança viária em Teresina
Em meio aos lamentos pela morte de Francisca, a comunidade exige que as autoridades tomem providências urgentes para evitar que tragédias como essa se repitam. A falta de infraestrutura de segurança no trânsito tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos, especialmente em áreas residenciais com um tráfego intenso, onde a velocidade dos veículos é um problema recorrente.
Os moradores têm solicitado, entre outros pontos, a instalação de semáforos, redutores de velocidade e a melhora da sinalização nas vias. Eles argumentam que essas medidas são fundamentais para garantir a segurança de pedestres, especialmente daqueles mais vulneráveis, como idosos e crianças. Além disso, exigem que haja maior fiscalização das autoridades de trânsito para coibir excessos e irregularidades.
O papel da sociedade na luta por um trânsito mais seguro
O protesto em Teresina representa mais do que a memória de Francisca; é um chamado à ação para todos os cidadãos que se preocupam com a segurança viária. Com um aumento significativo nos acidentes de trânsito, ações coletivas da comunidade são cruciais para pressionar o poder público a agir.
Outras cidades brasileiras já adotaram iniciativas semelhantes, promovendo “faixas de pedestres seguras”, campanhas educativas sobre trânsito seguro e até o engajamento de grupos comunitários para acompanhar a implementação de melhorias nas vias. Cada um desses esforços contribui para diminuir a incidência de acidentes e garantir que tragédias como a que vitimou Francisca não se repitam.
Em meio a esse clamor, é essencial que a população permaneça unida, trabalhando em conjunto com as autoridades locais para exigir um trânsito mais seguro e humano. Os protestos, além de serem uma expressão de dor, são uma oportunidade para transformação e mudança nas políticas de segurança viária de Teresina e em todo o Brasil.
Os moradores de Mocambinho esperam que suas vozes sejam ouvidas e que as mudanças necessárias se façam numa ação responsável e urgente. Portanto, o apelo é claro: por mais segurança e respeito à vida nas ruas da cidade.