Brasil, 26 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

IPCA-15 registra primeira deflação desde julho de 2023

O índice IPCA-15 caiu 0,14% em agosto, puxado pela redução no preço da energia elétrica, sinalizando alívio temporário na inflação

A inflação medida pelo IPCA-15 registrou uma queda de 0,14% em agosto, a primeira deflação desde julho de 2023, quando houve recuo de 0,07%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. Esse resultado também representa o menor número para o mês desde 2022, quando houve uma queda de 0,73%.

Alívio na inflação com destaque para energia elétrica

O resultado de agosto trouxe um destaque para o setor de energia elétrica, que apresentou uma redução de 4,93%, impulsionada pelo crédito do Bônus de Itaipu. Mesmo com a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o benefício contribuiu para o impacto negativo no índice, ajudando a conter a inflação do mês.

O IPCA-15 acumula alta de 3,26% no ano e de 4,95% em 12 meses, abaixo dos 5,30% registrados nos 12 meses anteriores, indicando uma desaceleração na variação dos preços.

Quedas em alimentos e transportes contribuem para o resultado

Os grupos de alimentação e bebidas (-0,53%) e transportes (-0,47%) também tiveram forte influência na deflação de agosto. Entre os alimentos, destaque para quedas expressivas na manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%) e tomate (-7,71%). Já no setor de transportes, os principais recuos foram nas passagens aéreas (-2,59%), carros novos (-1,32%) e gasolina (-1,14%).

Contudo, aumentos em setores como saúde e cuidados pessoais (+0,64%), devido ao reajuste de planos de saúde, e educação (+0,78%), influenciado por reajustes nos cursos, impediram uma deflação maior no mês. Ainda, despesas pessoais aceleraram para 1,09%, com destaque para o aumento nos preços dos jogos de azar, que subiram 11,45% em agosto.

Perspectivas para setembro

Economistas avaliam que o alívio do IPCA-15 pode ser temporário. Para setembro, a previsão é de uma alta de cerca de 0,80%, acompanhada por pressões contínuas na energia elétrica após o encerramento do bônus de Itaipu, além de menor deflação nos alimentos.

Os dados reforçam a expectativa de que a inflação deve permanecer sob controle, embora haja cuidados com o aumento dos preços do setor energético e alimentos, que ainda podem influenciar o índice nos próximos meses. O mercado acompanha de perto os impactos das tarifas e dos reajustes de preços em setores essenciais para os consumidores.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa do Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes