Brasil, 26 de agosto de 2025
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Inadimplência de aluguel dispara nos últimos 14 meses, atingindo 3,76% em julho

A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil atingiu 3,76% em julho, maior pico em 14 meses, refletindo desafios financeiros no mercado imobiliário

A inadimplência de aluguel no Brasil registrou em julho a maior alta dos últimos 14 meses, chegando a 3,76%, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. O número representa uma variação de 0,17 ponto percentual em relação a junho, quando ficou em 3,59%, e uma alta de 0,35 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2024, que foi de 3,41%. Os dados evidenciam dificuldades crescentes dos locatários em cumprir suas obrigações financeiras.

Inadimplência atinge faixas extremas de aluguel

O estudo revela que a inadimplência é mais acentuada em imóveis de alto padrão, com aluguel acima de R$ 13 mil, onde a taxa alcançou 6,83% em julho, em aumento contínuo desde junho de 2024. Já os imóveis residenciais com valores até R$ 1 mil tiveram aumento de 5,79% para 6,14% no mesmo período. As faixas de aluguel entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, e de R$ 3 mil a R$ 5 mil, apresentam taxas semelhantes, próximas a 2,36% e 2,37%.

Desafios diferentes nas faixas de aluguel

Segundo Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, a inadimplência mais alta nas extremidades evidencia desafios financeiros distintos. “Nos imóveis de alto padrão, a restrição decorre de dificuldades específicas dessa clientela, enquanto nos de menor valor, reflete insegurança econômica e dificuldades de manutenção da renda”, afirmou durante o Next 2025, evento do setor de moradia.

Variações por tipo de imóvel e região

Entre os tipos de imóveis, apartamentos tiveram alta na inadimplência, passando de 2,47%, em junho, para 2,73%, em julho. Casas subiram de 3,96% para 4,02%, enquanto imóveis comerciais passaram de 4,91% para 5,03%. Regionalmente, a região Nordeste lidera com uma taxa de 4,91%, seguida pelo Centro-Oeste, que registrou aumento expressivo de 3,78% para 4,68%. A região Norte aparece com 4,48%, o Sudeste com 3,51% e a Sul, com a menor taxa do país, 3,19%.

Apesar de uma retração no Rio de Janeiro, onde a inadimplência caiu para 4,02% em julho, o índice estadual ainda fica abaixo da média nacional, de 3,76%. Segundo o estudo, a realidade financeira dos locatários nesses locais influencia as variações de inadimplência.

Os dados refletem um cenário de maior fragilidade econômica dos inquilinos e apontam a necessidade de estratégias tanto por parte de locadores quanto de administradoras do setor imobiliário para evitar perdas e reajustar políticas de aluguel.

Para acessar o estudo completo, clique aqui.

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