Brasil, 26 de agosto de 2025
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Gastos de brasileiros no exterior atingem maior valor em 11 anos em julho

Em julho, despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 2,34 bilhões, maior valor desde 2014, mesmo com aumento do IOF sobre câmbio.

Os gastos de brasileiros no exterior totalizaram US$ 2,34 bilhões em julho, informou nesta terça-feira (26) o Banco Central. Este é o maior valor para o mês desde 2014, quando somaram US$ 2,41 bilhões, representando cerca de onze anos de recordes consecutivos.

Gastos no exterior em alta despite aumento do IOF

Apesar do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio, anunciado em maio e parcialmente revogado pelo Congresso em junho, os gastos dos brasileiros no exterior continuam crescendo. A medida, que elevou o IOF de 1,1% para 3,5% na compra de moeda em espécie e remessas ao exterior, foi retomada em julho após decisão do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o Banco Central, no acumulado dos sete primeiros meses de 2024, as despesas alcançaram US$ 12,5 bilhões, maior valor para o período desde 2014, quando somaram US$ 14,9 bilhões. O aumento ocorre mesmo com o dólar em queda, que fechou a R$ 5,48 nesta segunda-feira (24), redução de 11,3% no ano.

Impacto do dólar e economia na balança de pagamentos

O dólar em queda ameniza os custos das transações internacionais, mesmo com a alta do IOF. Analistas destacam que o nível de atividade econômica também influencia os gastos no exterior, apesar de a economia brasileira desacelerar. O déficit nas contas externas do país aumentou 76,4% até julho, chegando a US$ 40,1 bilhões, de acordo com o Banco Central.

Somente em julho, as contas externas tiveram saldo negativo de US$ 7,1 bilhões, contra US$ 5,2 bilhões no mesmo mês do ano passado. A maior parte do rombo está na balança comercial, que apresentou superávit de US$ 32,3 bilhões até julho, menor do que o registrado em 2023, de US$ 44,2 bilhões.

Investimentos estrangeiros e perspectivas para 2025

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira tiveram queda de 6,4% de janeiro a julho, totalizando US$ 42,1 bilhões — valor suficiente para financiar parcialmente o déficit de US$ 40,1 bilhões no período. Em julho, os investimentos somaram US$ 8,3 bilhões, aumento em relação aos US$ 7,2 bilhões do mesmo mês de 2024.

Para 2025, o Banco Central estima um déficit em conta-corrente de US$ 58 bilhões, enquanto os investimentos estrangeiros estão projetados em US$ 70 bilhões, de acordo com dados de março.

O cenário econômico permanece desafiador, impulsionado pelo aumento das despesas de brasileiros no exterior, mesmo diante de variáveis como a cotação do dólar e a política de juros elevada. A continuidade dessa tendência dependerá de fatores internos e externos, incluindo o comportamento da economia global.

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