O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, pronunciou-se nesta quarta-feira (26) sobre a decisão do presidente Donald Trump de demitir a governadora Lisa Cook, sob alegações de fraude financeira. A instituição reforçou que Cook pretende contestar a demissão judicialmente e está determinada a permanecer no cargo, cujo mandato vai até 2038.
Posição oficial do Fed diante da demissão de Lisa Cook
Segundo o comunicado, o Fed destacou que os mandatos dos diretores do banco central são prolongados, fixos e destinados a garantir a independência da política monetária. A entidade afirmou que a decisão de Trump de afastar Cook é considerada ilegal e que cumprirá qualquer determinação judicial neste caso. A nota reforça que, de acordo com a lei de 1913 que instituiu o Fed, os diretores só podem ser afastados por justa causa.
“Mandatos prolongados e proteções contra demissões arbitrárias asseguram que as decisões do Fed sejam baseadas em dados, análise econômica e nos interesses de longo prazo do povo americano”, afirmou o presidente do Fed, Jerome Powell. O banco também ressaltou que Lisa Cook indicou, por meio de seu advogado, que recorrerá à Justiça para garantir sua permanência no Conselho do Sistema da Reserva Federal.
Reação de Donald Trump e futuro judicial
Trump declarou estar preparado para uma batalha judicial contra Lisa Cook, afirmando que a sua decisão de demití-la é legítima e que as garantias legais do Fed são uma salvaguarda de sua independência.
A advogada de Cook informou que ela irá contestar a decisão na Justiça e que busca uma decisão que confirme sua capacidade de continuar exercendo o mandato. “Lisa Cook indicou, por meio de seu advogado pessoal, que contestará prontamente esta ação na Justiça e buscará uma decisão judicial que confirme sua capacidade de continuar no Conselho do Sistema da Reserva Federal”, declarou o Fed em comunicado.
Contexto e impactos econômicos
Enquanto o conflito judicial se desenrola, o Fed afirmou que irá respeitar qualquer decisão judicial, mantendo sua postura de autonomia na condução das políticas monetárias. A questão ocorre em um momento de tensões políticas e com o mandato de Cook, que termina em 2038, sob risco de interrupção.
Segundo analistas, a disputa reforça a complexidade das relações entre o Executivo e a instituição que define a política monetária nos EUA, podendo impactar a confiança no mercado financeiro. A decisão de Trump também ocorre em meio a debates sobre a independência do Fed frente ao poder político.
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