Brasil, 26 de agosto de 2025
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Davi Alcolumbre defende emendas parlamentares e critica investigação

Davi Alcolumbre rechaça críticas à destinação de emendas parlamentares após investigação pedida por Flávio Dino e destaca sua importância.

No cenário político atual, a discussão sobre a transparência nas emendas parlamentares ganha novos contornos. O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se posicionou veementemente contra o que chamou de “criminalização do orçamento” e defendeu a importância dessas emendas em meio a um pedido de investigação feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.

Contexto da situação

As declarações de Alcolumbre foram feitas em um seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), onde participou juntamente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A polêmica foi acirrada um dia após Dino solicitar à Polícia Federal a investigação dos repasses de R$ 695 milhões, referentes às chamadas “emendas pix”, devido à falta de transparência nos critérios de distribuição desses recursos.

Alcolumbre, em sua fala, enfatizou que as críticas direcionadas ao orçamento e à destinação dos recursos parlamentares não passam de uma tentativa de deslegitimar o papel do Congresso e das instituições democráticas do Brasil. “A criminalização do orçamento do Estado brasileiro ou do Congresso Nacional é a criminalização da democracia, da política e das instituições”, destacou o senador, fazendo um alerta sobre o momento delicado que o país enfrenta.

Implicações das emendas parlamentares

Em decisão recente, Flávio Dino determinou a investigação dos repasses realizados a Estados e municípios que não apresentaram um plano de trabalho, uma exigência do STF para a liberação das emendas. Segundo dados do TCU, existem 964 casos de planos não cadastrados, referentes ao período de 2020 a 2024, criando um cenário de incerteza sobre como esses recursos estão sendo utilizados.

Diante da situação, Alcolumbre admonestou que muitas das críticas feitas às emendas não consideram que esses recursos chegam a regiões onde o Estado muitas vezes não tem presença. “A gente tem que ter muito equilíbrio e deixar de criminalizar por criminalizar as emendas parlamentares. São um instrumento de investimento, mas sobretudo de desenvolvimento das regiões mais carentes dos rincões do Brasil”, enfatizou, ressaltando o impacto positivo que essas emendas podem trazer nas áreas mais necessitadas.

A defesa da democracia e das instituições

Alcolumbre também fez um apelo pela defesa das instituições e da democracia, argumentando que o cenário atual não permite que se jogue lama sobre o trabalho feito pelo Congresso. “Estamos passando por um momento delicado da história em que temos que defender as nossas instituições, a democracia e o Estado”, afirmou.

No ambiente político polarizado, a importância da transparência e do bom uso das emendas parlamentares é indiscutível, mas a crítica desmedida pode colocar em risco mecanismos que já demonstraram seu valor em promover desenvolvimento e investimento em áreas carentes do país.

Com a investigação pedida por Dino, que busca esclarecer o uso dessas emendas, o futuro das alocações de recursos e a confiança pública no sistema político continuarão a ser debatidos intensamente. As declarações de Davi Alcolumbre podem ser vistas como um sinal de que os parlamentares estão dispostos a defender suas pautas e a importância do orçamento no processo democrático.

Esses eventos revelam um desafio contínuo e a necessidade de equilíbrio nas discussões sobre finanças públicas e accountability, destacando que, embora a vigilância seja fundamental, a criminalização de práticas comuns no campo legislativo pode levar à erosão da confiança nas instituições democráticas.

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