Brasil, 26 de agosto de 2025
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Custos de energia sobem e Trump, Big Tech são responsáveis

Aumento nas tarifas de energia nos EUA é impulsionado por expansão de data centers de IA e cortes em incentivos limpos, prejudicando famílias e comunidades

Os custos de energia nos Estados Unidos continuam em alta, afetando milhões de consumidores que enfrentam contas cada vez mais elevadas durante ondas de calor e crises de abastecimento. Nesse cenário, o governo de Donald Trump e grandes empresas de tecnologia têm papel central na escalada dos preços, conforme especialistas e análises recentes mostraram.

Impacto da expansão de data centers de IA na tarifa de energia

Data centers de inteligência artificial, responsáveis por plataformas como ChatGPT, consomem energia em volumes recordes, pressionando a rede elétrica. Empresas como Amazon, Microsoft, Meta e xAI estão ampliando rapidamente sua infraestrutura, mas sem o devido acompanhamento, agravando a demanda por energia elétrica no país.

Segundo dados, a demanda de energia dos centros de dados deve quase dobrar até 2030, atingindo 9% do consumo total de energia dos EUA. Essa crescente utilização tem causado atrasos em projetos de energias renováveis e a retomada de usinas a combustíveis fósseis, além de provocar aumento nos custos de energia para o consumidor final.

Preços mais altos nos Estados com mercados competitivos

Em regiões do país como a PJM, onde a energia é negociada em mercados livres, o aumento da demanda por data centers elevou os preços das tarifas em até 800% neste verão, fazendo as contas de energia dispararem em até 60% nos próximos cinco anos. Essa situação é agravada pela estrutura de utilidades monopolistas que repassam os custos ao consumidor, especialmente em comunidades vulneráveis, como bairros de baixa renda, rurais e comunidades negras.

Consequências sociais e ambientais do aumento de custos

O acréscimo nas tarifas afeta especialmente grupos mais pobres, que já enfrentam altas cargas de energia. Além do impacto financeiro, há prejuízos ambientais e de saúde. Em Memphis, uma usina de xAI gerou críticas por emitir gases tóxicos através de turbines de metano sem as devidas licenças, afetando bairros majoritariamente negros. Na Virgínia, a expansão de data centers sobrecarregou a rede, ameaçando a confiabilidade do fornecimento.

Na região central do Texas, o uso de água por empresas de IA, como a Microsoft, contribui para a seca, forçando a redução de consumo dos moradores. Essas ações alimentam uma crise social, econômica e ambiental que desafia as políticas públicas de energia sustentável.

Lucros recordes para empresas de tecnologia

Enquanto consumidores e comunidades sofrem com os custos e a poluição, as empresas do setor tecnológico reportam lucros históricos. Nvidia, principal fornecedora de chips para data centers de IA, atingiu recentemente uma avaliação de US$ 4 trilhões, evidenciando como o crescimento acelerado da infraestrutura de IA está gerando riqueza corporativa à custa do bem-estar público.

Especialistas alertam que a ausência de regulação adequada e os cortes em incentivos às energias limpas, promovidos por Trump e seu partido, estão contribuindo para um cenário de aumento de tarifas e degradação ambiental. A crise de energia revela a necessidade de políticas equilibradas que conciliem inovação tecnológica, proteção ambiental e justiça social.

Autoridades e pesquisadores continuam cobrando uma revisão das estratégias energéticas para conter os abusos do mercado e garantir tarifa justa para todos os brasileiros, além de promover a transição para energias renováveis de forma sustentável.

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