A China demonstrou maior preocupação com a oferta de terras raras ao incluir, em abril, diversos itens desse setor, como ímãs, na lista de restrições de exportação. A medida faz parte de uma resposta às ações dos Estados Unidos, que buscam limitar o acesso da China a esses materiais estratégicos.
Controle de terras raras e tensões globais
Segundo fontes oficiais, a inclusão de itens na lista de restrições visa garantir o controle sobre a oferta e evitar a escassez no mercado internacional. A China é a maior produtora mundial de terras raras e detalhes sobre sua política de exportação são considerados essenciais para o equilíbrio do setor global.
De acordo com análise do G1, as ações chinesas acontecem em resposta às ameaças recentes do governo americano, lideradas pelo ex-presidente Donald Trump, que ameaçou restringir o fornecimento desses minerais.
Impactos no mercado mundial
Especialistas afirmam que a decisão da China pode afetar a cadeia de fornecimento global de tecnologias que dependem desses materiais, como eletrônicos, veículos elétricos e equipamentos de alta tecnologia. Países como o Brasil, que possuem reservas de terras raras, consequentemente, passarão a ter maior relevância na estratégia geopolítica e econômica.
Repercussões políticas e econômicas
O Ministério do Comércio chinês informou que a medida visa “proteger os direitos e interesses legítimos” do país, reiterando que a decisão é uma resposta a medidas restritivas impostas por outros países. A tensão entre os dois maiores mercados do mundo gera incertezas sobre o futuro da oferta de terras raras no cenário global.
Perspectivas futuras
Analistas destacam que a escalada na restrição de exportações pode levar a uma busca por alternativas de fornecedores e ao incentivo ao desenvolvimento de tecnologias de reciclagem e substituição. A China, por sua vez, busca manter sua posição de liderança estratégico no setor de minerais essenciais para a economia digital.