Brasil, 25 de agosto de 2025
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Taxa de mortalidade infantil em Mississippi atingiu o maior nível em uma década, levando o estado a declarar emergência e buscar recursos emergenciais.

As autoridades de saúde de Mississippi anunciaram nesta semana uma emergência de saúde pública devido ao aumento alarmante nas mortes de recém-nascidos, que atingiu a maior taxa em dez anos. Dados de 2024 mostram que, a cada 1.000 nascimentos, 9,7 bebês morrem antes de completar um ano de vida, percentual superior aos 8,9 registrados em 2023.

Aumento na mortalidade infantil em Mississippi e disparidades raciais

Desde 2014, mais de 3.500 bebês morreram na proporção de um em cada mille nascidos, com aumento particular nas mortes neonatais, que ocorrem no primeiro mês de vida. A taxa de mortalidade infantil entre famílias negras é de 15,2 por mil nascidos vivos, mais que o dobro do índice de 5,8 entre famílias brancas, indicando uma disparidade racial preocupante

Segundo o oficial de saúde do estado, Dr. Dan Edney, “cada perda infantil representa uma família devastada, uma comunidade impactada e um futuro abreviado”. A declaração de emergência permitirá uma mobilização mais rápida de recursos para combater a crise.

Contexto e fatores contribuidores para o agravamento

Mississippi já possuía os piores índices de saúde materno-infantil do país, recebendo uma nota “F” no relatório de 2024 do March of Dimes. Além do aumento na mortalidade, o estado também apresenta altas taxas de partos prematuros, que são aqueles ocorridos antes de 38 semanas de gestação, condição relacionada a uma série de problemas de saúde de curta e longo prazo.

Entre as causas apontadas estão a baixa condição física das gestantes, limitado acesso a cuidados de saúde, especialmente em áreas rurais, e carência de profissionais de obstetrícia. Mais da metade dos condados em Mississippi, assim como um terço no país, são considerados “desertos de assistência materna”, sem hospitais ou profissionais especializados.

Desafios na assistência obstétrica na região

O deslocamento de obstetras e ginecologistas devido às baixas remunerações pelo Medicaid e seguros privados agrava a situação. Muitos profissionais deixam suas práticas por burnout ou falta de recursos, dificultando o atendimento a emergências obstétricas, o que coloca as mulheres em risco de não conseguir chegar a uma unidade de saúde a tempo.

Perspectivas e ações futuras

A medida de emergência busca ampliar a atenção e os recursos para reverter essa tendência. Especialistas destacam que a crise de Mississippi reflete um problema maior, já presente em diversos estados, e reforçam a necessidade de políticas públicas que fortaleçam o acesso a cuidados de saúde materno-infantil, especialmente em regiões rurais e carentes.

Segundo o Dr. Michael Warren, chefe de saúde do March of Dimes, “Mississippi tem uma história de baixa performance nesse aspecto, mas não está sozinha. Este é um sinal de um problema nacional que exige respostas urgentes”.

O governo estadual deve implementar ações rápidas, incluindo a recuperação de serviços de obstetrícia em áreas rurais, melhorias nas remunerações e campanhas de conscientização sobre cuidados pré-natais. A expectativa é que essas medidas ajudem a reduzir as taxas de mortalidade infantil e promover melhores condições de saúde para mães e bebês no estado.

Tags: saúde pública, mortalidade infantil, Mississippi, assistência materno-infantil

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