Brasil, 26 de agosto de 2025
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PM e sindicato discutem ações contra uso de ônibus como barricadas no RJ

Reunião visa combater estratégia de traficantes que usam coletivos como barreiras em operações policiais no Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, a situação da segurança pública continua a ser um tema de grande preocupação. Recentemente, o secretário de Polícia Militar, juntamente com representantes do sindicato de empresas de ônibus, se reuniram para tratar sobre uma questão alarmante: o uso de ônibus como barricadas durante operações policiais. Este tipo de manobra, adotada por traficantes, tornou-se uma estratégia frequente na cidade, sinalizando um desafio que precisa ser urgentemente enfrentado.

Aumento no uso de ônibus como barricadas

De acordo com um levantamento feito pelo Rio Ônibus, este ano já foram registrados 100 casos de ônibus utilizados como barreiras em ações de tráfico. O mês de março apresentou o maior número, com 25 incidentes. Houve uma diminuição nos registros até junho, mas em julho, os casos ressurgiram, com 22 ônibus envolvidos, principalmente na Avenida Edgard Romero, em Madureira, onde câmeras de segurança flagraram as ações criminosas.

O mais recente incidente ocorreu na semana passada, na Ilha do Governador, o que motivou a realização da reunião desta segunda-feira, que teve duração superior a uma hora. Essa prática não somente coloca em risco a integridade das pessoas que utilizam o transporte público, mas também complica as operações da Polícia Militar, que se vêem obrigadas a lidar com uma situação onde os próprios coletivos se tornam alvos de represália do tráfico.

Criando soluções eficazes para a segurança

A única medida concreta decidida na reunião foi a criação de um grupo de trabalho focado em desenvolver ações que aumentem a segurança nos ônibus. Entre as propostas discutidas está a possibilidade de a Polícia Militar ter acesso às câmeras de segurança dos ônibus em tempo real, permitindo um monitoramento mais eficaz durante as viagens. No entanto, essa tecnologia não está disponível em toda a frota, o que levanta questões sobre a implementação dessa estratégia.

Colaboração entre as instituições

O diretor de comunicação do Rio Ônibus, Paulo Valente, afirmou: “Todo aparato que nós temos será colocado à disposição da PM e eles vão fornecer para a gente uma série de informações através do setor de inteligência e comunicação para que a gente possa agir de uma forma mais efetiva na hora das operações”. Essa colaboração entre o sindicato e a Polícia Militar é um passo importante na luta contra a criminalidade e na proteção dos cidadãos que dependem do transporte público.

Além das ações em conjunto, é fundamental que a população também esteja atenta a esses episódios e denuncie situações suspeitas. A segurança pública é uma responsabilidade de todos e, com o apoio da comunidade, é possível estabelecer um ambiente mais seguro para todos os usuários do transporte coletivo no estado.

Consequências e desafios à frente

Embora existem medidas sendo discutidas, o caminho para uma solução definitiva parece longo. O uso de ônibus como barricadas não é uma nova estratégia entre os criminosos, e a capacidade de inovação dos traficantes pode dificultar as ações da Polícia Militar. Para que ações eficazes sejam implementadas, é crucial que haja um entendimento abrangente sobre as causas e motivações por trás dessa prática criminosa.

As instituições precisam não apenas olhar para o problema de forma reativa, mas também trabalhar preventivamente para evitar que tais incidentes se tornem uma rotina no cenário carioca. Isso inclui investimento em tecnologia, treinamento e um diálogo constante entre as forças de segurança, as empresas de ônibus e a sociedade civil.

Em suma, a reunião desta segunda-feira representa um passo inicial em um longo caminho que precisa ser trilhado com afinco e responsabilidade. O uso de ônibus como barricadas é um reflexo de um problema maior na segurança pública do Rio de Janeiro, e soluções sustentáveis e eficazes são essenciais para garantir a integridade e a segurança de todos os cidadãos.

É fundamental que as ações em resposta a essa questão sejam amplas, envolvendo a participação ativa de todos os envolvidos, e que a segurança seja restabelecida não apenas nas ruas, mas também dentro dos ônibus que circulam diariamente na cidade.

Com as iniciativas adequadas, espera-se que a situação melhore em breve, permitindo que os cariocas possam utilizar o transporte público sem medo e com a confiança de que a segurança está sendo priorizada.

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