Brasil, 25 de agosto de 2025
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Pesquisa aponta que maioria acredita em participação de Bolsonaro em tentativa de golpe

Levantamento revela que 52% dos brasileiros consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de tentativa de golpe.

Uma pesquisa recente realizada pela Genial e Quaest trouxe à luz a crescente percepção da população brasileira sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe. De acordo com os dados, 52% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro teve participação no plano, um aumento significativo em relação a 36% que discordam dessa afirmação. Este levantamento foi conduzido entre os dias 13 e 17 de agosto, envolvendo 2.004 pessoas em todo o Brasil, e apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais.

Aumento na percepção de culpa

Desde a última pesquisa em março deste ano, o percentual de pessoas que acreditam que Bolsonaro esteve envolvido na tentativa de golpe cresceu três pontos percentuais. Comparado a dezembro de 2024, o aumento é ainda mais expressivo, com um aumento de cinco pontos. O número de pessoas que responderam “não” oscilou levemente, passando de 34% em dezembro para 35% agora.

Os dados indicam que apenas 10% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pergunta sobre a participação de Bolsonaro. Uma minoria de 2% afirmou que não houve tentativa de golpe. Essa alta na percepção de culpa de Bolsonaro se destaca nas regiões Nordeste (62%) e Sudeste (52%), ambas mostrando um aumento em relação a pesquisas anteriores. Por outro lado, no Sul, 46% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente não participou do plano.

Demografia da pesquisa

A análise demográfica da pesquisa revela tendências interessantes. As mulheres mostraram uma taxa maior de crença na participação de Bolsonaro, com 55% concordando, comparados a 50% dos homens. Entre os mais velhos, a percepção de culpa aumentou para 56% entre aqueles com 60 anos ou mais. Por outro lado, os jovens também demonstraram preocupação, com 52% afirmando que Bolsonaro teve alguma participação.

Além disso, a pesquisa destacaram que aqueles com menor nível de escolaridade apresentaram uma crença maior na culpa de Bolsonaro. Entre pessoas com até o Ensino Fundamental, 57% acreditam que ele esteve envolvido, em comparação a 50% na sondagem anterior. Essa tendência se repete entre os entrevistados com renda familiar de até dois salários mínimos, onde 57% afirmaram que ele foi culpado.

Opiniões divididas nas religiões e partidos

Quando analisada a questão da religião, a pesquisa mostra que 50% dos católicos ainda acreditam que Bolsonaro participou da tentativa de golpe, uma leve queda em relação a 52%. Por outro lado, o número de evangélicos que isentam o ex-presidente aumentou de 46% para 54%. Entre eleitores sem posicionamento político, 58% acreditam que Bolsonaro teve um papel no golpe.

A pesquisa também abordou a recente participação de Jair Bolsonaro em uma chamada de vídeo durante manifestações realizadas em 3 de agosto. A maior parte dos entrevistados (57%) acredita que a intenção dele era provocar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A maioria que vê essa atitude como provocação está concentrada no Nordeste (60%) e entre mulheres (59%). Para 30%, Bolsonaro não compreendeu as regras impostas, enquanto 13% não souberam ou não responderam.

A impressão sobre a prisão domiciliar

Uma questão importante que surgiu do levantamento foi a opinião sobre a decisão do STF de colocar Bolsonaro em prisão domiciliar. A pesquisa revelou que 55% dos entrevistados consideram a medida justa, enquanto 39% a veem como injusta. A percepção de justiça é mais alta no Nordeste, onde 65% dos entrevistados apoiam a decisão.

O cenário político brasileiro continua a ser influenciado por esse tipo de levantamento, que revela a complexidade das opiniões em torno de figuras como Jair Bolsonaro. As pesquisas não apenas revelam os sentimentos e percepções da população, mas também moldam o debate público e as futuras decisões políticas. Enquanto as investigações prosseguem, a opinião da população permanece em constante evolução.

Essa nova pesquisa, portanto, serve como um barômetro importante do sentimento nacional, demonstrando que a história recente do Brasil ainda está longe de ser um tema resolvido e continua a gerar divisões profundas entre os cidadãos.

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