Desde sua chegada ao Brasil em 2012, a OLX, plataforma de classificados on-line controlada pela sul-africana Naspers, vem expandindo sua atuação. Após consolidar-se no mercado de usados, a companhia investe agora em segmentos como imóveis na planta e carros zero quilômetro, com o objetivo de ampliar sua presença no e-commerce brasileiro.
Estratégia de aquisições e crescimento de receita
Responsável pela liderança da OLX no Brasil, Marcos Leite relembra que, ao assumir a operação, em meados de 2012, a equipe tinha apenas dez pessoas. O foco inicial era aumentar o tráfego na plataforma e mostrar que artigos como raquetes de tênis tinham valor. “Levamos dois anos para virarmos a categoria, com a compra da Bom Negócio”, conta Leite, destacando a estratégia de aquisições que impulsionou a expansão do negócio.
Em 2020, a OLX adquiriu o Grupo ZAP por R$ 2,9 bilhões, uma operação que contribuiu para elevar as receitas de R$ 15 milhões, em 2014, para R$ 1,2 bilhão, no último ano. Essa estratégia de consolidação permitiu dominar segmentos de alta demanda, como carros e imóveis, que representam mercados do tipo “winner takes all”, ou seja, nos quais o vencedor concentra a maior fatia de mercado.
Foco na diversificação e inovação
Hoje, a OLX pretende expandir suas funcionalidades para além do mercado de usados. A companhia tem testado parcerias com incorporadoras e construtoras em estados como Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para exibir anúncios de lançamentos imobiliários. Atualmente, cerca de 400 empreendimentos estão envolvidos nesses testes.
Segundo Leite, essa aposta visa escalar o número de imóveis novos na plataforma, oferecendo detalhes aprofundados, como estágio de construção e plantas diferentes, para facilitar decisões mais maduras por parte dos compradores. A empresa também está explorando um produto semelhante para montadoras anunciarem carros zero quilômetro.
Oportunidades de crescimento e uso de inteligência artificial
Apesar do foco na expansão para novos segmentos, Leite acredita que o mercado de classificados no Brasil ainda possui potencial de crescimento em todas as categorias de e-commerce. Ele destaca o papel da inteligência artificial na personalização dos anúncios, possibilitando maior engajamento e fechamento de negócios.
“O espaço para o e-commerce no Brasil ainda é gigante”, afirma Leite, reforçando as oportunidades de inovação e crescimento do setor, sobretudo com tecnologias que aprimoram a experiência do usuário e aumentam a eficiência nas interações comerciais.
Para mais informações, confira a origem da matéria em: Fonte.