Brasil, 25 de agosto de 2025
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Mercado revisa queda na inflação esperada para 2025, pela 13ª semana consecutiva

Expectativas de inflação para 2025 caem novamente, refletindo o impacto do tarifão americano e a atuação do Banco Central

As estimativas do mercado financeiro para a inflação de 2025 recuaram pela 13ª semana consecutiva, de acordo com o último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). A previsão caiu de 4,95% para 4,86%, embora ainda esteja acima do teto da meta de 4,5%.

Expectativas de inflação continuam abaixo do teto da meta

Para 2026, a projeção de inflação também diminuiu de 4,40% para 4,33%, enquanto para 2027, a estimativa caiu de 4% para 3,97%. As expectativas para 2028 permanecem em 3,80%. Desde o início de 2025, o BC adota o sistema de meta contínua, que visa manter a inflação em 3%, tolerando variações entre 1,5% e 4,5%.

O sistema de metas exige que o BC ajuste a política de juros — atualmente com a taxa Selic em 15% ao ano — para assegurar o cumprimento da meta de inflação. O impacto da política monetária, no entanto, demora de seis a 18 meses para se refletir na economia.

Fatores influenciam a expectativa de inflação

Segundo analistas, o tarifão estadual implementado pelos Estados Unidos, que elevou tarifas sobre produtos brasileiros, vem ajudando a conter a atividade econômica local e contribuindo para a redução das projeções inflacionárias. Fonte: G1 Economia

Por outro lado, o Banco Central destacou que a inflação no Brasil ficou acima da meta por seis meses consecutivos até junho, devido ao aumento da atividade econômica, variações cambiais, custos de energia elétrica e anomalias climáticas. O presidente da instituição, Gabriel Galípolo, enviou uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando as razões para o descumprimento da meta.

Impactos econômicos e perspectivas futuras

Apesar do recuo na expectativa de inflação, o mercado reduziu a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, de 2,21% para 2,18%. Para 2026, a expectativa também caiu de 1,87% para 1,86%.

Quanto às taxas de juros, a previsão do mercado para o fim de 2025 permaneceu em 15% ao ano, enquanto para 2026 e 2027, a estimativa seguiu em 12,50% e 10,50%, respectivamente. As projeções para o dólar recuaram ligeiramente, para R$ 5,59 em 2025 e R$ 5,64 em 2026.

Outros indicadores, como saldo da balança comercial e entrada de investimentos estrangeiros, tiveram leves ajustes: a previsão de superávit de US$ 65 bilhões para 2025 foi mantida, enquanto a estimativa de US$ 68,4 bilhões para 2026 subiu para US$ 68,7 bilhões. A entrada de investimentos diretos estrangeiros permanece em US$ 70 bilhões para ambos os anos.

Perspectivas para o cenário econômico brasileiro

Especialistas avaliam que a continuidade da redução na inflação, aliada às políticas do BC, pode ajudar a estabilizar a economia e favorecer a política de juros menos rígida no futuro. Entretanto, o cenário externo, particularmente o impacto das tarifas nos EUA, continua sendo uma variável relevante para o controle da inflação no Brasil.

O Banco Central informou que continuará monitorando atentamente os indicadores econômicos e que ajustará sua política de juros conforme necessário para assegurar o cumprimento da meta de inflação, com atenção especial às expectativas de mercado e às variáveis externas que influenciam o cenário doméstico.

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