Brasil, 25 de agosto de 2025
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Mensagem de paz e reflexão sobre Hiroshima e Nagasaki

O apelo do Prêmio Nobel Toshiyuki Mimaki à paz e reconciliação emociona no Meeting de Rimini

O encontro anual em Rimini, que celebra a importância da convivência pacífica entre os povos, teve um momento emocionante com as declarações de Toshiyuki Mimaki, um sobrevivente e copresidente da organização japonesa Nihon Hidankyo, que foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2024. Em sua fala, Mimaki chamou a atenção dos jovens do mundo todo para a importância de compreender os horrores das bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, num apelo emotivo por reflexão e compromisso com a paz.

A importância do testemunho histórico

Mimaki, que era apenas um menino de três anos quando a bomba foi lançada em Hiroshima em 6 de agosto de 1945, trouxe um relato comovente que serve como um lembrete sombrio para as novas gerações. “Jovens de todo o mundo, venham a Hiroshima! Nossa experiência pode trazer uma mensagem de paz”, disse ele, destacando a necessidade de não esquecer a história e suas duras consequências.

A explosão devastadora que afetou Hiroshima não só causou a morte de aproximadamente 150 mil pessoas instantaneamente, mas também resultou em efeitos duradouros que ainda persistem até hoje. A experiência de Mimaki e de outros sobreviventes dos ataques, conhecidos como Hibakusha, é vital para a compreensão dos efeitos malignos das guerras nucleares e a urgência de buscar o perdão e a reconciliação.

Perdão como um caminho para a paz

No evento, Mimaki abordou o tema do perdão, que segundo ele, não deve ser encarado como um ato simples, mas sim como um ponto de partida para a construção de relações saudáveis entre os povos. “É verdade, não é fácil perdoar no dia a dia, mas o perdão deve ser visto como um passo inicial em direção à paz”, enfatizou. Em suas palavras, ele fez uma analogia com a escalada de uma montanha, onde no topo a recompensa é a paz e a serenidade, essenciais para uma convivência pacífica.

O apelo de Mimaki reflete uma verdade inquietante: enquanto houver ideologias diferentes e falta de entendimento, os conflitos continuarão a surgir. “Uma guerra sempre sucede a outra. E quem sofre são os povos, principalmente as crianças”, ressaltou ele, chamando a atenção para a necessidade de autocontrole entre os líderes mundiais.

Luta contra as armas nucleares

Mimaki também abordou a luta contínua contra as armas nucleares, lembrando que apesar de avanços, muitos países possuidores de armamentos nucleares não assinaram o Tratado de Proibição das Armas Nucleares. “Armas nucleares e humanidade não podem coexistir”, garantiu. Ele ressaltou que o legado radioativo das armas atômicas e da energia nuclear em tempos de paz é um problema que precisa ser encarado com seriedade. “Nosso único desejo é que nunca mais existam sobreviventes de bombas atômicas”, afirmou.

O impacto da radiação na saúde

Participando do mesmo painel, o professor Masao Tomonaga, outro sobrevivente da bomba de Nagasaki, compartilhou sua experiência e os efeitos devastadores das radiações ao longo do tempo. Ele destacou que muitos Hibakusha perdem a vontade de viver devido às sequelas da tragédia. “Em sessenta anos de medicina, concentramos estudos nos efeitos da radiação sobre a saúde, e os resultados são alarmantes”, destacou Tomonaga. Ele enfatizou que o impacto da radiação é uma realidade permanente, e os efeitos continuam a se manifestar nas novas gerações, com o aumento de casos de câncer.

Um futuro de paz depende dos jovens

Por fim, Mimaki e Tomonaga clamaram por um futuro onde os jovens se tornem protagonistas da paz. “Como voluntário, quero dizer aos jovens as mesmas palavras que iluminaram minha vida: nunca desistam”, disse Mimaki, encorajando não apenas os jovens, mas também os adultos a cultivarem a paixão pelo diálogo entre culturas e religiões, como o budismo e o cristianismo. A mensagem de esperança e a urgência de promover um mundo pacífico são fundamentais em um tempo de crescente tensão global.

O testemunho emocionado de Mimaki e Tomonaga ressoa como um chamado à ação: que possamos todos aprender com a história e trabalhar juntos para que os horrores do passado nunca mais se repitam.

Para mais informações, acesse o link original.

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