Brasil, 25 de agosto de 2025
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Júri popular de motociclista acusado de atropelar triatleta será em outubro

O júri popular de Nayn José Sales, réu por tentativa de homicídio da triatleta Luisa Baptista, ocorrerá no dia 15 de outubro.

No dia 15 de outubro, às 10h, terá início o júri popular de Nayn José Sales, acusado de tentativa de homicídio da triatleta Luisa Baptista. A decisão foi tomada pela 1ª Vara Criminal de São Carlos (SP) e assinada pelo juiz Eduardo Cebrian Araújo Reis na última sexta-feira. O caso gerou ampla repercussão na mídia e nas redes sociais, devido à gravidade dos fatos e à trajetória de superação da atleta.

O acidente que chocou a região

O atropelamento ocorreu em 23 de dezembro de 2023, na Estrada Municipal Abel Terrugi (SCA-329), no distrito de Santa Eudóxia, em São Carlos. Luisa, que é triatleta e natural de Araras (SP), passou por um grave acidente que resultou em ferimentos severos em quase todo o lado direito do corpo, incluindo fraturas expostas e perfurações no pulmão. A atleta foi hospitalizada em estado crítico e ficou em coma por dois meses, retornando para casa apenas em 1º de abril de 2024, após um longo período de recuperação.

A acusação e os argumentos do promotor

De acordo com o promotor de Justiça Daniel Henrique Silva Miranda, Nayn José Sales assumiu o risco de causar a morte de Luisa, uma vez que não possuía carteira de habilitação e estava sob a influência de ambientes festivos na noite anterior ao acidente. Ele estava em alta velocidade e trafegava na contramão em um trecho perigoso, logo após uma curva sinalizada, o que reforça a argumentação de dolo eventual, que caracteriza a tentativa de homicídio.

Em fevereiro de 2024, durante a audiência que ouviu testemunhas, Nayn optou por permanecer em silêncio, enquanto a defesa alegou que não houve intenção de matar, pedindo a desconsideração do julgamento como crime doloso. A defesa também criticou o excesso de acusação por parte do Ministério Público.

A mudança na tipificação do crime

A tipificação do crime passou por uma alteração após a petição dos advogados de Luisa, que solicitavam a reavaliação do caso, uma vez que inicialmente o inquérito apurava apenas lesão corporal. Após uma análise detalhada dos fatos, o promotor decidiu por classificar a ação de Nayn como tentativa de homicídio por dolo eventual, aumentando a gravidade da acusação.

O impacto do acidente na vida de Luisa

Luisa Baptista não apenas sobreviveu ao acidente, mas também se tornou um símbolo de resiliência. Após sua internação, ela se submeteu a diversas cirurgias, incluindo a colocação de uma prótese no quadril, e passou por semanas de reabilitação em uma clínica especializada em São Paulo. Sua recuperação foi acompanhada de perto por familiares e amigos, e, apesar da gravidade do acidente, Luisa conseguiu retornar para casa e, em seguida, se reencontrar com seu esporte ao participar da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris.

A expectativa para o júri popular

O júri popular, que conta com a participação de sete jurados, é um componente essencial do sistema judiciário brasileiro, permitindo que cidadãos comuns tenham voz nas decisões sobre crimes dolosos que afetam a vida das pessoas. A comunidade de São Carlos aguarda ansiosamente o desfecho desse caso, que levantou debates sobre responsabilidade e segurança no trânsito, especialmente considerando a falta de habilitação do réu e as consequências de suas ações.

Com a data marcada para o julgamento, a expectativa é que o tribunal não apenas avalie as evidências apresentadas, mas que também considere o impacto que o incidente teve na vida de Luisa e na sociedade como um todo, reforçando a importância da segurança viária e da responsabilidade pessoal.

À medida que nos aproximamos do dia do júri, o caso continua a gerar discussões nas redes sociais e nas comunidades locais, refletindo a necessidade de um diálogo mais profundo sobre a condução irresponsável e seus impactos devastadores. As lições aprendidas com este incidente podem ajudar a criar um ambiente mais seguro para todos.

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