Brasil, 28 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Funcionários da FEMA alertam sobre erosão na preparação para desastres sob Trump

Quase 200 funcionários atuais e ex-FEMA alertam que mudanças na gestão podem levar a uma nova catástrofe nacional

Mais de 180 atuais e ex-funcionários do Federal Emergency Management Agency (FEMA) emitiram uma carta ontem, alertando que as recentes decisões da administração Trump estão comprometendo a capacidade de preparação e resposta a desastres nos Estados Unidos. Segundo o documento, essas mudanças poderiam resultar em uma nova calamidade semelhante ao furacão Katrina, ou até mesmo na dissolução da agência federal.

Críticas à liderança e histórico de falhas

Na carta, os funcionários afirmam que o furacão Katrina, que devastou a Costa do Golfo em 2005 e deixou quase 2.000 mortos, foi alimentado por má gestão governamental e inexperiência dos líderes. De acordo com os signatários, a resposta desorganizada do governo federal foi um fator-chave na tragédia. Apesar de reformas e salvaguardas posteriores, eles argumentam que a atual administração vem operando sob lideranças não qualificadas desde janeiro, com decisões que enfraquecem a agência.

Preocupação com a gestão e nomeações

O grupo destacou que a nomeação de um administrador qualificado para a FEMA continua pendente, apesar da exigência legal para tal. Além disso, há preocupações específicas sobre o substituto de curto prazo do cargo, Cameron Hamilton, que foi afastado semanas antes do início da temporada de furacões. Seu substituto, David Richardson, foi criticado por sua suposta falta de experiência em gerenciamento de emergências, e relatos indicam que ele chegou a fazer comentários inexperientessobre a temporada de furacões, o que gerou inquietação entre os funcionários.

Declarações de líderes e contexto político

O presidente Donald Trump criticou duramente a atuação da FEMA em relação ao furacão Helene, chegando a sugerir o seu dissolvimento. Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, também chegou a afirmar que a agência deveria ser eliminada, embora tenha posteriormente afirmado que ela estaria apenas “reorientando” a FEMA. Em maio, o então chefe interino da agência, Cameron Hamilton, foi substituído por David Richardson, em um momento crítico antes do pico da temporada de furacões. Funcionários expressaram preocupação de que Richardson não possuía experiência suficiente em gestão de emergências para liderar a agência.

Impactos potenciais e preocupações futuras

Os funcionários alertam que as ações do governo podem comprometer a capacidade de resposta a eventos catastróficos e colocam em risco a segurança do país. A carta enfatiza a necessidade de liderança qualificada e de uma estrutura que garanta uma resposta eficaz em momentos de crise, para evitar repetir os erros do passado.

A situação levanta debates sobre a importância de uma gestão especializada e confiável na agência responsável por proteger os americanos em momentos de desastre, especialmente em meio a uma temporada de furacões cada vez mais intensa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes