Brasil, 25 de agosto de 2025
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Delegada da Polícia Civil segue no cargo após investigação do marido

A delegada Ana Paula Lamengo Balbino Nogueira é investigada em caso de homicídio em BH, onde seu marido é acusado de matar um gari.

A recente tragédia em Belo Horizonte, que resultou na morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, acendeu um debate crucial sobre o uso de armamentos e a responsabilidade de autoridades públicas. O caso envolve a delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, Ana Paula Lamengo Balbino Nogueira, que continua em seu cargo, embora seu marido, Renê da Silva Júnior, de 47 anos, esteja detido sob acusação de homicídio.

O que aconteceu

Na manhã de segunda-feira (11/8), enquanto trabalhava, Laudemir Fernandes se envolveu em uma discussão de trânsito com Renê, que exigiu que o caminhão de coleta de lixo fosse movido para que pudesse passar com seu veículo elétrico. A situação escalou rapidamente, resultando em Renê desembarcando do carro e efetuando disparos, ferindo Laudemir no tórax. A vítima foi levada ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos.

Repercussão nas redes sociais

A morte de Laudemir gerou um intenso debate nas redes sociais sobre o uso de armas por civis, especialmente considerando que a arma usada no crime pertencia à delegada Nogueira. Inicialmente, houve especulações de que a arma utilizada era funcional, mas isso foi prontamente negado pelas autoridades.

Investigação em andamento

A Subcorregedoria da PCMG instaurou uma investigação para averiguar como as armas da delegada estavam armazenadas em sua residência. As autoridades confirmaram que a pistola calibre .380 era de uso pessoal dela. Em coletiva de imprensa, o delegado e porta-voz da PCMG, Saulo Castro, afirmou: “A arma de fogo de uso particular está vinculada e apreendida aos autos do inquérito policial, que investiga o crime de homicídio.”

Posição da delegada

Durante seu depoimento, Ana Paula alegou que seu marido não tinha acesso à arma e negou qualquer participação no crime. “Estamos em fase inicial de investigação. Sendo demonstrada qualquer responsabilidade, a servidora será devidamente penalizada”, acrescentou Castro. A delegada não estava presente no veículo com Renê no momento do conflito, e até agora não há evidências que indiquem seu envolvimento.

Implicações legais e consequências

O advogado e especialista em direito militar, Marcelo Almeida, esclareceu que, para a delegada ser responsabilizada criminalmente, deverá ser provado que ela teve alguma participação no ato delituoso. Na esfera administrativa, as penalidades para Ana Paula poderiam variar desde uma advertência até a demissão, dependendo da gravidade das provas que surgirem durante a investigação.

O contexto legal das armas

O uso e armazenamento de armamentos funcionais na Polícia Civil obedecem à Lei nº 10.826/03 e demais regulamentações internas. Caso se prove negligência no armazenamento adequado, a delegada poderá enfrentar sanções, conforme estipulado pela lei.

Prisão de Renê e desdobramentos do caso

Renê foi preso horas após o crime, em uma academia de luxo no bairro Estoril, e sua audiência de custódia foi realizada na última quarta-feira (13), onde sua prisão foi convertida em preventiva. Até o momento, ele nega o assassinato, mas admite que a arma utilizada era de sua esposa.

Conclusão

O trágico incidente que resultou na morte de Laudemir de Souza Fernandes não apenas abalou a sociedade mineira, mas também levantou questões cruciais sobre a responsabilidade de forças policiais e a segurança no uso de armamentos. O desfecho da investigação da delegada e a possível responsabilização do marido serão acompanhados de perto, refletindo a preocupação da sociedade em relação à aplicação da lei e à ética no uso de poder.

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