A congressista republicana Mariannette Miller-Meeks (Iowa) tornou-se trending topic nas redes sociais após publicar uma foto da sua gorjeta em um restaurante, em uma tentativa de celebrar a aprovação da lei que isenta de impostos as gorjetas recebidas pelos trabalhadores.
Gorjeta de apenas $3 gera críticas e repercussão nas redes
Na postagem feita na segunda-feira (23) no X (antigo Twitter), Miller-Meeks revelou ter deixado uma gorjeta de $3 em uma conta de $18,19, após um almoço com nuggets de milho e um sanduíche Philly cheesesteak. Ela afirmou que a ação foi para “celebrar o benefício” de não haver imposto sobre gorjetas.
O recibo exibido na postagem mostra que, ao aplicar uma gorjeta de 20% sobre a conta de $18,19, haveria um valor de $3,40. Mesmo assim, Miller-Meeks optou por deixar $3, levantar uma discussão que ganhou força nas redes.
Reação nas redes e defesa da congressista
O post de Miller-Meeks alcançou quase 10 milhões de visualizações e provocou mais de 2 mil comentários. Muitos usuários criticaram a “gorarja” considerada baixa, enquanto ela foi defendida por seu staff.
O diretor de comunicação da congressista, Anthony Fakhoury, afirmou à CBS 2 Iowa que ela deixou uma gorjeta “adequada” e ressaltou que “diferente dos democratas, ela votou contra aumento de impostos para trabalhadores de Iowa”.
“No Tax on Tips” (sem imposto sobre gorjetas) é uma dedução fiscal aprovada neste ano pelo Congresso, como parte do pacote de cortes tributários do GOP, que visa beneficiar trabalhadores e pequenos negócios.
Contexto da lei de isenção de impostos sobre gorjetas
Embora Trump tenha celebrado a medida como uma vitória, a realidade é que o benefício se limita a uma dedução de até $25 mil de renda proveniente de gorjetas, apenas para o arrecadamento de imposto de renda federal. Trabalhadores continuam pagando tributos sobre a previdência social e Medicare.
Desde que foi sancionada por Trump, a lei foi alvo de críticas por suas limitações, já que não elimina a cobrança de impostos sobre gorjetas, mas apenas reduz o peso fiscal em certos limites. Críticos argumentam que o benefício é pouco útil para trabalhadores de baixa renda.
Próximos passos e repercussão política
A postura de Miller-Meeks gerou debates sobre o que muitos consideraram uma demonstração de “avareza” e uma tentativa de usar uma questão fiscal para temas políticos. A congressista mantém sua posição e continua a defender a iniciativa.
Especialistas destacam que a controvérsia expõe as tensões na política fiscal dos EUA, onde benefícios tributários muitas vezes geram reações polarizadas entre apoiadores e críticos.