No último domingo (24/8), a casa dos ex-sogros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), localizada em Resende, no Rio de Janeiro, foi alvo de uma invasão alarmante. Criminosos armados fizeram reféns o casal de octogenários e a ex-mulher de Bolsonaro, Rogéria Nantes Bolsonaro, gerando um clima de tensão e insegurança na família.
A abordagem dos criminosos
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou suas redes sociais para relatar o ocorrido, afirmando que os avós, com mais de 80 anos, e sua mãe foram mantidos sob a mira de armas por mais de uma hora. Ele descreveu a situação como um “terror”, enfatizando a gravidade da situação ao relatar que os criminosos usaram fita adesiva para tapar a boca das vítimas.
“Acabaram de fazer minha mãe e meus octogenários avós de reféns… Graças a Deus, estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça”, afirmou Flávio, expressando a preocupação e alívio pela condição de sua família.
Durante o assalto, os criminosos foram diretos em sua abordagem, questionando onde estava o dinheiro que, supostamente, Bolsonaro enviava para seus avós. Essa informação levanta preocupações sobre a motivação do crime e o alvo escolhido.
A ação dos assaltantes
Flávio relatou que a casa foi revirada pelos assaltantes, que, sem encontrar o que procuravam, conseguiram levar alguns anéis e o carro do avô antes de fugirem. “Já tomamos as providências e, se Deus quiser, em breve, esses marginais covardes serão encontrados”, disse Flávio, demonstrando determinação para que os responsáveis sejam capturados.
Em um vídeo postado pelo senador, Rogéria, que também é mãe do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), compartilhou sua experiência. Através das imagens, era possível ver a desordem que os criminosos deixaram, com portas e gavetas abertas e diversos objetos espalhados pelo chão.
“Levaram celular, algumas jóias… Eles estavam procurando dinheiro. Disseram que os amigos do Bolsonaro tinham dito que aqui tinha dinheiro”, afirmou Rogéria, insinuando que o assalto pode ter sido planejado com informações internas.
Investigações e reações
Em resposta ao episódio, a Polícia Civil informou que está investigando o caso como um roubo com privação de liberdade e está em busca de identificar os autores do crime a partir de imagens de câmeras de segurança da região. Além disso, a Polícia Militar anunciou que equipes do 37º BPM conseguiram recuperar o carro da família, embora não tenham revelado detalhes sobre o modelo ou o local onde o veículo foi encontrado.
Enquanto isso, a situação gerou descontentamento na família Bolsonaro, especialmente para Eduardo Bolsonaro, que também fez declarações nas redes sociais insinuando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, poderia ter alguma responsabilidade pelo crime. “Ordens de Moraes? Até onde vai a sede de vingança desse homem?” questionou Eduardo, mostrando sua indignação e sugerindo que a ação criminosa poderia estar ligada a uma perseguição direta aos familiares de Bolsonaro.
“Uma cena de terror que nenhuma família deveria passar. Agradeço a Deus por estarem vivos”, completou o deputado, reforçando a necessidade de uma reflexão sobre a segurança e proteção das famílias envolvidas na política.
Reflexões sobre segurança e política
Esse assalto não apenas expõe o terror que muitos cidadãos podem enfrentar diariamente, mas também levanta questões sobre a segurança de figuras públicas e suas famílias. As circunstâncias em que o crime ocorreu indicam uma possível rivalidade política e o papel que informações privilegiadas podem desempenhar em ações de violência.
Enquanto a polícia continua sua investigação, a sociedade observa atentamente os desdobramentos desse caso, esperando que os responsáveis sejam capturados e que a segurança da família do ex-presidente, assim como a de todos os cidadãos, seja garantida. O episódio ressalta a vulnerabilidade que muitos enfrentam em um ambiente em que a criminalidade e a política frequentemente colidem de forma alarmante.
Enquanto isso, a família Bolsonaro se recupera do choque vivido, desejando que a justiça seja feita e que a tranquilidade retorne à sua rotina.
