O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin (PSB), percorre nesta semana uma missão oficial ao México para fortalecer os laços comerciais entre os dois países. A visita, que acontece de terça (27) até quarta-feira (28), ocorre em um momento de forte impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, com uma alíquota extra de 50% sobre exportações.
Foco na diversificação de mercados e fortalecimento do comércio
A agenda de Alckmin inclui encontros com representantes do governo mexicano, incluindo a presidente Claudia Sheinbaum, de orientação de esquerda, com quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já manteve conversas prévias. O Brasil possui um superávit comercial na relação com o México, cuja economia tem aumentado as compras de carne, além de outros produtos brasileiros.
O México, também afetado pelas tarifas adicionais impostas pelos EUA, busca diversificar seus parceiros comerciais. A visita visa ampliar o fluxo de bens em setores estratégicos como biocombustíveis, energia, saúde e agroindústria, fortalecendo a relação bilateral.
Alckmin e a luta contra o tarifaço americano
No sábado (23), em São Paulo, Alckmin declarou que trabalha “permanentemente” para derrubar as tarifas impostas pelos Estados Unidos. “Se depender de nós, o tarifaço acaba amanhã. O trabalho é esse: diálogo e negociação”, afirmou. Ele ressaltou avanços já conquistados, como a exclusão de produtos derivados de aço e alumínio da tarifa de 50%, permitindo que esses itens paguem a mesma alíquota aplicada ao restante do mundo, o que melhora a competitividade de setores como máquinas, retroescavadeiras e motocicletas.
Além disso, o governo brasileiro aumentou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões a linha de crédito do BNDES voltada às empresas exportadoras atingidas pelas tarifas. “Estamos buscando alternativas tanto na negociação direta com os EUA quanto na abertura de novos mercados, como o México”, complementou Alckmin.
Estratégia do governo brasileiro frente às tarifas
A estratégia do governo contempla duas frentes: dialogar e negociar com os Estados Unidos para reduzir o impacto das tarifas e, ao mesmo tempo, diversificar as parcerias comerciais em países que buscam alternativas semelhantes ao tarifamento americano. Essa aproximação com o México sinaliza o esforço brasileiro em fortalecer seus laços econômicos e minimizar os efeitos do tarifão imposto por Washington.
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