A organização “Religiões pela Paz” (RfP), reconhecida por sua atuação global na promoção da paz entre comunidades religiosas, lançou um poderoso apelo em meio às tensões recentes entre Tailândia e Camboja. O comunicado foi divulgado por seu Secretário-geral, Francis Kuria, e enfatiza a necessidade de união e solidariedade entre as nações, destacando as consequências desastrosas da discórdia não apenas entre povos, mas também em locais sagrados que historicamente deveriam ser símbolos de harmonia.
A importância da solidariedade inter-religiosa
Fundada em 1970, a “Religiões pela Paz” se estabelece como a maior coalizão multirreligiosa do planeta, composta por mais de 90 conselhos inter-religiosos e diversas redes de ação comunitária ao redor do mundo. Sua proposta é integrar vozes de diferentes tradições religiosas para promover um ambiente de paz e entendimento mútuo. Durante esse período crítico, a organização expressou suas orações e solidariedade às vítimas de violência na região, chamando atenção para a situação dos deslocados e de todos que buscam segurança e dignidade.
Em seu comunicado, Kuria afirma: “A dor dos nossos irmãos e irmãs desta região pesa profundamente em nossos corações.” Esse sentimento humano é o fio condutor da RfP, que busca inspiração na história e na espiritualidade compartilhada para avançar em direção a um futuro pacífico.
Conflito e seus efeitos nas comunidades
A declaração da RfP menciona explicitamente que a discórdia entre Tailândia e Camboja teve impactos até nos locais de culto. “Os lugares sagrados e os espaços compartilhados, que abrangem a Tailândia e o Camboja, são mais do que meros indicadores geográficos; são testemunhos vivos de nossas histórias interligadas”, afirma Kuria. Os templos e santuários, que deveriam ser oásis de paz, têm sido afetados pelos conflitos, ressaltando a urgência de uma resolução pacífica.
Um chamado à ação
A RfP lançou um apelo claro às partes envolvidas, pedindo que cessem imediatamente quaisquer ações que possam intensificar as tensões ou causar danos a civis. O objetivo é fortalecer o acordo de cessar-fogo estabelecido em 28 de julho. Além disso, a organização propõe um compromisso em direção a um cessar-fogo permanente que possa estabelecer as bases para um acordo de paz duradouro.
Kuria também destaca a importância do diálogo inter-religioso e diplomático: “É fundamental que as preocupações subjacentes sejam discutidas de forma significativa”, sublinha. O reconhecimento e a valorização da herança cultural e espiritual comum entre os países vizinhos são igualmente importantes, segundo a RfP, que defende que essas conexões devem ser usadas para unir, e não para dividir.
Visão de um futuro harmonioso
A “Religiões pela Paz” acredita no poder transformador da solidariedade inter-religiosa e na capacidade do amor e da compaixão de curar feridas profundas. Em sua conclusão, a organização reafirma seu chamado por um compromisso coletivo, enfatizando: “Que nossos compromissos sagrados sejam um farol de reconciliação.” O objetivo é claro: transformar esforços conjuntos em uma força para a unidade duradoura, a prosperidade e a paz.
O apelo da RfP ressoa não apenas entre líderes religiosos, mas também entre cidadãos comuns que desejam um futuro onde a paz e o respeito mútuo prevaleçam sobre a discórdia. Uma mensagem de esperança e unidade é o que a organização deseja transmitir em tempos de incerteza e conflitos. Que os valores de compaixão e entendimento possam prevalecer e guiar as ações de todos os envolvidos.
Para saber mais sobre a posição da organização e seu compromisso com a paz, acesse o link da fonte.