Neste domingo, o conjunto brasileiro de ginástica rítmica, conhecido carinhosamente como “leoas”, tem a oportunidade de brilhar ainda mais no último dia de competições do Campeonato Mundial, realizado no Rio de Janeiro, evento que marca a primeira edição da competição na América do Sul. A equipe se prepara para as finais das séries mista e simples, que ocorrerão a partir das 12h50, uma conquista inédita para o Brasil nessa modalidade.
Um passo histórico rumo à medalha
No dia anterior, as brasileiras fizeram história ao conquistar a primeira medalha de prata na prova olímpica, que compreende a soma das duas séries – mista e simples. O pódio foi disputado, com a equipe do Japão garantindo o ouro e a seleção da Espanha levando o bronze. Foi um momento de emoção e celebração, com o público entoando o hino nacional brasileiro após a execução do hino japonês durante a cerimônia de premiação.
Desempenho impressionante das leoas no pódio
No sábado, a equipe brasileira terminou em terceiro na série mista e em segundo na série simples, o que garantiu sua presença nas finais. Durante a coletiva de imprensa, Nicole Pircio, integrante do time, expressou a alegria e a surpresa ao conquistar a medalha: “Quando se confirmou a medalha, a gente se olhou e dissemos: ‘é real, é real.’ Agradecemos a Deus primeiro, abraçamos umas às outras e agradecemos uma à outra. Nosso time é muito forte, de muita união.”
A emoção foi ainda mais intensa ao homenagear as ginastas que fizeram parte da equipe no ano anterior, Déborah Medrado, que se aposentou, e Victoria Borges, que se recupera de uma contusão.
Um ano de conquistas monumentais
Comandado pela técnica Camila Ferezin, o time já teve um ano de triunfos antes de chegar ao Mundial. Em 2023, as “leoas” conquistaram o ouro no conjunto geral no World Challenge Cup em Portimão, além de garantir o ouro nas séries simples e mista. No início de 2025, um novo feito foi alcançado na Copa do Mundo em Milão, onde também obtiveram o ouro inédito no conjunto geral, e o bronze na prova mista.
Camila expressou sua emoção durante o campeonato em casa: “O Mundial em casa era a chance da nossa vida. Estamos muito emocionadas.” Ela ainda destacou que acredita que há muito mais por vir: “Podemos ir até melhor! Vários critérios nas trocas que as meninas não executaram hoje. Vamos trabalhar para elas fazerem amanhã.”
A trajetória das leoas nos últimos mundiais
Nas edições anteriores do Campeonato Mundial, realizadas em Valência em 2023 e em Sófia em 2022, o Brasil terminou em quarto lugar na série simples. Neste ciclo, o país ficou em sexto e quinto lugares respectivamente na somatória geral. Com este triunfo, as “leoas” buscam agora consolidar uma nova fase no esporte nacional.
As protagonistas da equipe
As atletas que compõem o conjunto são Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, cada uma com histórias e conquistas marcantes dentro da ginástica rítmica. Duda, por exemplo, já participou dos Jogos Olímpicos em Tóquio-2020 e será parte das Olimpíadas de Paris-2024, tornando-se uma referência na modalidade.
No entanto, essa jornada não foi fácil. Cada atleta enfrentou desafios pessoais e profissionais que moldaram sua trajetória até aqui, refletindo a força e perseverança que caracterizam a equipe.
Expectativas para o futuro
Com a conquista da medalha de prata e as finais se aproximando, as expectativas são altas. A torcida e o apoio do público vibram em cada passo dado pelas leoas, que buscam levar ao Brasil mais uma medalha no Mundial. A união da equipe e a determinação das atletas são fundamentais para a busca por novos títulos e para a elevação da ginástica rítmica no país.
A história continua a ser escrita e as leoas do Brasil mostram que estão no caminho certo para se estabelecer como uma das principais forças da ginástica rítmica mundial.
As finais prometem ser emocionantes e o Brasil já se orgulha de ter uma geração de atletas tão talentosas e dedicadas a fazer história.