Brasil, 24 de agosto de 2025
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Gestos de Trump com Zelenskyy revelam poder e resistência na reunião

Especialista em linguagem corporal identifica sinais de controle e resistência na interação entre Trump e Zelenskyy durante visita ao EUA

Durante encontro na Casa Branca nesta segunda-feira, a linguagem corporal do ex-presidente Donald Trump revelou dinâmicas de poder e resistência em relação ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Gestos como o punho cerrado e o toque patronizante mostraram uma tentativa de impor domínio, enquanto Zelenskyy demonstrou compostura e resistência às ações de Trump.

Gestos de controle de Trump e sua mensagem

Quando Trump chegou ao encontro e deu o famoso “fist pump”, especialistas apontaram que ele transmitiu confidentemente a intenção de controlar a conversa. Segundo Traci Brown, especialista em linguagem corporal, esse gesto simboliza uma postura de confronto, como se estivesse preparado para um desafio. “Ele planeja estar no comando, usando gestos que reforçam sua autoridade”, explica.

Além do punho, Trump puxou Zelenskyy para perto, uma ação que, na avaliação da psicóloga Denise Dudley, poderia indicar uma tentativa de demonstrar superioridade, um gesto “patronizante”. Dudley destaca que, ao colocar a mão no ombro de Zelenskyy de maneira condescendente, Trump reforçou a sensação de desigualdade na relação, colocando-se acima do líder ucraniano.

Expressões de resistência de Zelenskyy

Por sua vez, Zelenskyy respondeu com postura firme, mantendo os pés firmes e uma postura controlada, indicando disposição de se manter firme diante do ex-presidente. De acordo com Karen Donaldson, Zelenskyy colocou a mão por cima da mão de Trump durante o aperto de mãos, um movimento sutil de dominância que mostra resistência ao esforço de Trump de puxá-lo para seu lado.

Ao mesmo tempo, Zelenskyy usou sua postura para transmitir calma, com mãos entrelaçadas suavemente, gesto que indica conforto em meio à tensão. “Ele mostra segurança, mesmo diante de ações mais agressivas”, comenta Donaldson.

Gestos que comunicam além das palavras

Outro momento emblemático foi a interação sobre o traje de Zelenskyy, onde Trump comentou sua roupa com tom de condescendência, reforçando uma superioridade simbólica com gestos como o braço estendido e a palma para cima. Brown observa que esses movimentos podem indicar uma tentativa de diminuir o adversário, mesmo quando há uma tentativa de parecer amigável.

Por outro lado, uma atitude mais leve foi o sorriso genuíno de Trump após uma resposta brincalhona de Zelenskyy, um momento raro de descontração que Dudley interpreta como uma abertura de Trump para momentos de autenticidade, geralmente ausentes em sua rotina de palco político.

Dinâmicas de poder na linguagem corporal

Especialistas concordam que os gestos de Trump, como o toque na cabeça e o puxar Zelenskyy, reforçam uma dinâmica de desigualdade e domínio, especialmente considerando a diferença de estatura. Dudley assinala que ações como colocar a mão sobre o ombro do adversário “subliminarmente sinalizam que ele está acima”.

Já Zelenskyy demonstra resistência ao usar gestos de posicionamento, como segurar a mão de Trump na altura da cabeça, uma estratégia de contestação silenciosa. A postura de Zelenskyy, com mãos entrelaçadas confortavelmente, reforça sua intenção de manter o controle emocional e a compostura.

Implicações e leitura da situação

De acordo com análise de especialistas, os gestos de Trump na reunião sinalizaram uma tentativa de afirmar liderança, muitas vezes atravessando limites de cordialidade, enquanto Zelenskyy mostrou que é possível resistir a essas ações com uma postura equilibrada. Essas interações revelam que, mesmo sem palavras, há uma comunicação poderosa de poder, resistência e intenção de manter a autonomia.

O episódio destaca como na política internacional, além dos discursos, os detalhes da linguagem corporal também constroem narrativas de força e resistência, moldando percepções e influenciando o clima das relações bilaterais.

Por fim, a análise reforça que, em encontros de alto nível, cada gesto conta — e pode dizer mais do que as palavras, especialmente na dinâmica de poder entre líderes mundiais.

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