Brasil, 24 de agosto de 2025
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Arcebispo Sviatoslav Shevchuk reflete sobre 34 anos de independência da Ucrânia

O arcebispo maior Sviatoslav Shevchuk fala sobre os desafios e esperanças do povo ucraniano em meio à guerra com a Rússia.

No dia em que a Ucrânia celebra seu 34º aniversário de independência, o arcebispo maior Sviatoslav Shevchuk compartilha suas reflexões sobre os desafios enfrentados pelo país desde a invasão russa. Em uma entrevista com a mídia vaticana, ele ressalta a importância da solidariedade internacional e expressa sua confiança em Deus para guiar seu povo em tempos de crise.

A história da independência ucraniana

Em 24 de agosto de 1991, a Ucrânia declarou sua independência da União Soviética, marco que foi confirmado por um referendo popular em dezembro do mesmo ano, com mais de 90% dos votos a favor. Este evento não apenas transformou o cenário político ucraniano, mas também redefiniu o papel da Igreja greco-católica, que antes operava na clandestinidade. Segundo o arcebispo Shevchuk, a Igreja sempre foi uma voz essencial em defesa do povo ucraniano através da história, apoiando a luta por um Estado próprio e os direitos civis.

A Igreja e a guerra: lições e esperanças

Comemorando o Dia da Independência em meio ao conflito que começou há três anos e meio, o arcebispo discute as lições aprendidas durante a guerra. Ele observa a formação de uma nova identidade ucraniana, que se tornou ainda mais inclusiva, abrangendo não apenas os étnicos ucranianos, mas também judeus, muçulmanos e outros grupos que se uniram na defesa da Ucrânia. “Hoje, todos que defendem a Ucrânia independente compartilham essa identidade”, afirma Shevchuk, destacando que eventos trágicos, como a guerra, têm o potencial de unir o povo.

Esperança em tempos de crise

Além das mudanças sociais, o arcebispo enfatiza a importância da fé e da oração. A Igreja, segundo ele, não se limita a ações humanitárias, mas também oferece esperança cristã em tempos de desespero. “A fé em Deus renova nossas capacidades humanas”, declara Shevchuk. Ele acredita que essa esperança é fundamental para os ucranianos, especialmente no contexto da guerra e da defesa do país, onde a luta tornou-se uma questão de vida ou morte para muitos.

Esforços internacionais e a visão para o futuro

Shevchuk expressa um otimismo cauteloso em relação aos esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito, reconhecendo o papel crucial que a pressão internacional tem exercido sobre a Rússia. As recentes reuniões de líderes europeus em apoio à Ucrânia demonstram que o país é visto como parte essencial do futuro da Europa unificada. “A Ucrânia já faz parte do fenômeno europeu”, diz ele, enfatizando que o futuro da Europa está interligado com o que acontece na Ucrânia.

Agradecimento à comunidade global

No final de sua reflexão, o arcebispo Shevchuk agradece à solidariedade mundial, especialmente dos cristãos e das Igrejas de todo o mundo. Ele menciona a recepção de cartas de apoio, como a da Conferência Episcopal Brasileira, e expressa gratidão pelas orações e ações humanitárias que têm sido fundamentais para a resistência do povo ucraniano. “A oração é uma força incrível que nos mantém vivos”, conclui.

O Dia da Independência da Ucrânia não é apenas uma celebração da liberdade, mas também um testemunho da força e resiliência de um povo que, mesmo diante do sofrimento, continua a lutar por um futuro melhor, unido pela fé e pela esperança.

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