O ex-presidente Donald Trump tem realizado uma extensa e milionária reforma na Casa Branca, com investimentos superiores a US$ 200 milhões, destacando-se por um estilo opulento inspirado na era dourada e em propriedades pessoais como Mar-a-Lago. As mudanças, que incluem desde a instalação de novas bandeiras até a construção de um grande salão de recepções, têm gerado debates sobre o uso de recursos públicos para uma restauração tão personalista.
Principais novidades na reforma da Casa Branca
Reforma da Rose Garden com pavimentação
Recentemente, Trump concluiu a pavimentação da Rose Garden, uma intervenção que substituiu o gramado por um projeto em estilo semelhante ao de Mar-a-Lago, com calçada de pedra branca e sistema de drenagem sofisticado. Segundo o ex-presidente, a mudança visou facilitar eventos ao ar livre, eliminando os problemas de lama e umidade que dificultavam seu uso anterior. “Quando tinha uma coletiva de imprensa, você afundava na lama”, comentou Trump em entrevista.
Novas bandeiras e flagpoles imponentes
Na metade de junho, Trump acompanhou a instalação de duas bandeiras de 88 pés de altura cada, nas laterais do gramado da Casa Branca. Os flagpoles custaram cerca de US$ 50 mil cada, sendo considerados “os melhores do mundo” pelo ex-presidente, que destacou a importância da durabilidade ao encher os tubos de areia para evitar que se deteriorassem ao longo do tempo. Trump afirmou que pensou na ideia há bastante tempo e que ela simboliza força e patriotismo.
Construção de um grande salão de eventos
Uma das principais promessas de Trump foi a construção de um salão de 90 mil pés quadrados, com teto decorado em estilo Louis XIV, capazes de acomodar até 650 pessoas. A obra, avaliada em US$ 200 milhões, visa permitir que o governo receba dignitários e realize eventos sem a necessidade de estruturas temporárias, como os tendas utilizados atualmente. A previsão é de início em setembro e conclusão antes do final do mandato.
Design e arquitetos envolvidos
O projeto será liderado pela firma McCrery Architects, cujo CEO, Jim McCrery, foi aluno do arquiteto Peter Eisenman, conhecido por projetos exagerados e contemporâneos. Eisenman classificou a proposta de “bonkers”, ou seja, bastante ousada e fora do comum, mas que promete transformar a espaço histórico.
Transformações na decoração interior e detalhes ostentosos
Trump promoveu uma decoração carregada de elementos dourados, desde a moldura do Escritório Oval até as obras de arte e objetos de destaque. Os retratos de George Washington e Ronald Reagan agora estão emoldurados em ouro, e uma réplica dourada do Troféu da Copa do Mundo fica exposta na sala.
Um símbolo controverso é a exibição de uma cópia dourada da capa do jornal com a foto do próprio Trump, que aparece na parede do corredor que leva à sala do gabinete, além de uma réplica dourada do seu famoso mugshot, que o empresário e político costuma usar em campanhas e afirmou que “é a foto mais vendida da história”.
Reforma no banheiro presidencial e outros detalhes pessoais
Trump também anunciou a substituição do banheiro na Sala Lincoln, buscando um estilo vitoriano mais autêntico, com madeira escura e ornamentos clássicos. Além disso, reativou o botão de Diet Coke no Resolute Desk, que ao ser acionado traz a bebida para o presidente, uma tradição que ele destacou como um símbolo de sua atenção aos detalhes.
Reações e perspectivas futuras
As reformas têm recebido reações polarizadas: enquanto apoiadores veem a ampliação do palácio como uma demonstração de patriotismo e gosto refinado, críticos argumentam que os recursos poderiam ser melhor utilizados em melhorias sociais ou de infraestrutura. O investimento bilionário também reforça o perfil de Trump como um construtor de sua própria imagem e legado no cenário político e cultural.
Especialistas alertam que, embora as mudanças tenham maior apelo visual, a decisão de gastar quantias tão elevadas em obras de ostentação pode gerar controvérsia durante períodos de austeridade pública. Assim, as próximas etapas do projeto ainda serão acompanhadas de atenção nacional e internacional, enquanto Trump tenta consolidar seu estilo e marca no ambiente mais simbólico do poder americano.