No programa Jimmy Kimmel Live, nesta segunda-feira (26), a atriz e comediante Tiffany Haddish não mencionou diretamente o nome do ex-presidente Donald Trump durante seu monólogo, mas deixou claro que tinha ele em mente ao fazer uma divertida declaração de candidatura presidencial. “Tenho todas as qualificações para ser presidente”, afirmou, listando três pontos em comum com Trump: “Sou rica, já fui presa algumas vezes e falo coisas loucas.”
Uma campanha humorística e politicamente incorreta
Haddish, conhecida por seu bom humor e estilo irreverente, declarou também que seria a oportunidade de eleger um presidente que seja engraçado de propósito — “a maioria das vezes”, brincou. Em tom de sátira, ela apresentou uma plataforma de campanha que inclui propostas bizarras, como pagar impostos com cartões-presente antigos, transformar o governo em uma espécie de empresa — que, segundo ela, seria a rede de restaurantes Sizzler — e exigir pontuação de crédito em perfis de sites de relacionamento.
“Vamos administrar o país como uma empresa, e essa empresa é o Sizzler”, afirmou a comediante. Entre suas propostas mais inusitadas estão oferecer pastrami em todas as unidades do Subway e transformar robôs de entrega em brinquedos sexuais — tudo isso, claro, para evitar doenças sexualmente transmissíveis (STDs).
O slogan que faz alusão à política de Minnesota
O destaque da fala de Haddish foi seu compromisso com a ideia de que os Estados Unidos deveriam “mind your own damn business” (cuide da sua própria bunda), uma frase que remete ao “golden rule” (regra de ouro) do governador de Minnesota, Tim Walz, que, ao disputar vice-presidência na chapa democrata do ano passado, afirmou em campanha: “Respeitamos nossos vizinhos e suas escolhas pessoais”.
“Minha campanha é construída sobre a ideia de que o país deve parar de se meter na vida dos outros”, declarou Haddish, encerrando sua sátira com uma mensagem de liberdade individual, que certamente rendeu boas risadas e reflexões no público.
Repercussão e contexto
A brincadeira de Haddish ilustra a percepção da cultura pop sobre o cenário político, especialmente com figuras como Trump, que misturam o mundo do entretenimento com a política. A atuação humorística da atriz reforça o papel do humor como forma de crítica social e análise política.
Segundo análise do HuffPost, sua abordagem ressalta a preferência de parte do público por lideranças que, mesmo em discursos de sátira, apontam questões reais, como a necessidade de menos intervenção do Estado na vida privada dos cidadãos.
Para conferir a fala completa de Tiffany Haddish e o contexto da monologia, acesse a matéria original do HuffPost.