Brasil, 24 de agosto de 2025
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Teenager denuncia assédio em banheiro de Buffalo Wild Wings por parte de funcionária

Garota de 18 anos afirma que foi obrigad a provar que era mulher ao usar banheiro, gerando debate sobre direitos e privacidade trans

Em abril, Gerika Mudra, de 18 anos, denunciou ter sido assediada por funcionária de Buffalo Wild Wings em Owatonna, Minnesota, após ser acusada de não ser mulher ao usar o banheiro feminino. O incidente reacendeu discussões sobre preconceito e direitos de pessoas transgênero durante uma fase de debate intenso nas redes sociais.

O incidente no restaurante e as acusações

Segundo Gerika, a situação começou ao ela entrar no banheiro feminino da unidade. Uma funcionária teria batido na porta do cubículo e gritado, afirmando: “Este é banheiro de mulher, o homem tem que sair”. Gerika relatou que tentou provar que era uma mulher, mostrando suas características físicas através da roupa, e disse: “Eu sou uma garota”. A funcionária, então, saiu sem pedir desculpas, deixando a jovem extremamente desconfortável.

Gerika, com o apoio da organização Gender Justice, registrou uma denúncia de discriminação junto ao Departamento de Direitos Humanos de Minnesota. Sua advogada, Sara Jane Baldwin, afirmou que a ação busca responsabilizar o Buffalo Wild Wings, além de exigir uma mudança na política do estabelecimento e promover uma cultura de respeito e inclusão.

Repercussão nas redes sociais

O relato viralizou rapidamente, gerando indignação entre usuários que condenaram a prática de colocar pessoas trans para provar sua identidade para usar banheiros. Alguns críticos afirmam que tal procedimento é uma forma de assédio sexual disfarçado de proteção à privacidade de mulheres e meninas.

Debate sobre direitos, privacidade e transfobia

Nas redes sociais, muitas opiniões reforçam que ações como essa perpetuam a transfobia e ferem direitos básicos. Uma usuária escreveu: “Apenas mostrar o peito foi suficiente para provar que sou mulher”, destacando o quão absurda a situação foi, segundo ela. Outras pessoas reforçam que métodos de comprovação física representam uma forma de violência sexual, pois expõem vulnerabilidades e violam a integridade das pessoas trans.

“Estamos protegendo mulheres e meninas ao estupra-las ao obrigar adolescentes trans a mostrar suas áreas íntimas para adultos transfóbicos”, comentou uma internauta, criticando duramente a postura do estabelecimento e a sociedade que a permite.

Perspectivas e reflexões

Especialistas e ativistas destacam que atitudes discriminatórias, como a que Gerika sofreu, reforçam a necessidade de políticas inclusivas e do combate à transfobia. A discussão levanta perguntas importantes sobre os limites de fiscalização de identidade em espaços públicos, direitos das pessoas trans e o impacto de práticas discriminatórias na saúde mental e na convivência social.

Gerika afirmou estar desconfortável até hoje ao usar banheiros públicos, chegando a esconder suas características físicas por medo de enfrentar novos episódios de discriminação. A sua denúncia evidencia que ainda há muito a ser feito para garantir direitos iguais e respeito às identidades de gênero.

A cena que virou símbolo na controvérsia reforça que o debate sobre direitos humanos e inclusão precisa avançar de forma concreta, cultural e política, para que episódios semelhantes não se repitam, promovendo uma sociedade mais justa e acolhedora.

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