O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), continua a ser o favorito para a reeleição, conforme os dados da pesquisa Genial/Quaest, que revela que ele possui 43% das intenções de voto. Em um cenário político conturbado, onde o desgaste do campo bolsonarista se faz sentir devido ao tarifaço de Donald Trump, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) aparece em segundo lugar com 21% das preferências entre os eleitores.
Análise das intenções de voto em SP
Na pesquisa, além de Tarcísio e Alckmin, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) figura em terceiro lugar com 8%. Outros candidatos, como Paulo Serra (PSDB) e Felipe d’Avila (Novo), somam 3% e 2% das intenções de voto, respectivamente. Os indecisos representam 7%, enquanto 16% dos entrevistados optaram por não se manifestar, indicando voto em branco ou nulo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, com 1.644 entrevistas presenciais de brasileiros acima de 16 anos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é considerado alto, de 95%.
Aprovação do governo e perspectivas de reeleição
Os dados revelam que 56% dos entrevistados acreditam que Tarcísio merece a reeleição, o que demonstra um nível significativo de apoio popular. No entanto, 36% dos eleitores discordam, enquanto 8% não souberam ou não quiseram responder. A aprovação do governo estadual está em 60%, com uma ligeira queda em comparação aos 61% registrados em fevereiro. Por outro lado, a desaprovação também cresceu levemente, de 28% para 29%.
Tarcísio, que já é cotado para disputar a presidência em 2026, enfrenta a pressão de decidir entre a reeleição para o governo de São Paulo ou a candidatura à presidência, até abril do próximo ano. As pressões estão presentes tanto dos aliados mais próximos quanto de representantes do Centrão, que veem em sua candidatura uma opção viável para a direita.
Desafios e estratégia política
Recentemente, Tarcísio foi alvo de ataques a partir de áudios divulgados com comentários do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Apesar de tentar minimizar a situação, isso levanta questionamentos sobre a sua viabilidade política para 2026. O governador tem feito um esforço para equilibrar sua posição entre o bolsonarismo e o centro político, conforme observamos em suas declarações.
“Minha relação com o Bolsonaro vai ser como sempre foi: relação de lealdade, de amizade e gratidão”, afirmou. Esta postura visa manter apoio dentro da base bolsonarista, ao mesmo tempo em que busca abrir diálogo com o centro, crucial para uma eleição bem-sucedida.
Eventos recentes e apoio da direita
Na última quarta-feira, Tarcísio foi a estrela de um evento em Brasília, onde se discutiu a formação de uma federação entre os partidos PP e União Brasil. Embora a ausência de representantes de Bolsonaro tenha gerado estranhamento, sua presença foi principalmente para consolidar o apoio de lideranças políticas da direita.
Em seu discurso, Tarcísio se posicionou como um defensor de um plano conjunto contra o governo Lula, mas evadiu falar diretamente sobre suas aspirações para 2026. Os membros do seu círculo próximo acreditam que sua reeleição é vital para garantir a entrega de importantes projetos, como a implementação de novas linhas de metrô e a administração centrada no Centro de São Paulo.
Conclusão
O futuro político de Tarcísio de Freitas continua a ser um ponto central nas discussões sobre as eleições em 2026. Mantendo uma vantagem considerável nas pesquisas e um nível de aprovação alto para seu governo, ele parece estar em uma posição sólida para uma reeleição. No entanto, a pressão para uma candidatura à presidência e as tensões dentro de sua base política exigem que ele navegue cuidadosamente pelos desafios que se aproximam em um cenário político cada vez mais dinâmico e competitivo.