As últimas pesquisas eleitorais realizadas pela Genial/Quaest mostraram um panorama desafiador para os governadores Raquel Lyra (PSD), de Pernambuco, e Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia. Ambos os líderes estaduais enfrentam a forte concorrência de figuras políticas tradicionais, que já ocuparam a posição de governador em seus respectivos estados. Essas informações, que repercutem nas estratégias políticas para as eleições de 2026, mostram que a habilidade de manter a popularidade será crucial para a reeleição.
O cenário em Pernambuco: João Campos na liderança
No estado de Pernambuco, a pesquisa revelou que 55% dos eleitores estão dispostos a apoiar João Campos (PSB), atual prefeito do Recife e filho de Eduardo Campos, ex-governador do estado. Raquel Lyra, que buscava consolidar sua posição, aparece em segundo lugar com 24% das intenções de voto. Essa disparidade levanta questões sobre a capacidade de Lyra em recuperar a preferência do eleitorado nos próximos meses.
Ademais, a pesquisa também questionou sobre a reeleição da atual mandatária. Surpreendentemente, 54% dos entrevistados afirmaram que não votariam na continuidade de seu governo, um aumento em relação aos 52% que compartilhavam dessa visão em fevereiro deste ano. Apenas 43% dos eleitores demonstraram apoio à reeleição de Lyra, o que significa um leve declínio na sua taxa de aceitação.
A avaliação da gestão de Raquel Lyra
Apesar das dificuldades, a aprovação da gestão de Raquel Lyra se manteve relativamente estável. A pesquisa anterior indicava uma aprovação de 51%, que agora se confirma, enquanto a desaprovação subiu ligeiramente de 44% para 45%. Isso sugere que, embora enfrente resistência significativa na busca pela reeleição, a governadora ainda mantém uma base de apoio considerável.
Bahia: ACM Neto ganha força
Já na Bahia, o cenário é diferente. A pesquisa mostra que 41% dos eleitores baianos estão inclinados a votar em ACM Neto (União), um político com forte legado na liderança estadual, proveniente de uma das famílias mais influentes da política baiana. Em contrapartida, Jerônimo Rodrigues ocupa o segundo lugar, com 34% das intenções de voto. Esse resultado coloca ambos os candidatos em uma situação acirrada, com apenas um ponto percentual os separando dentro da margem de erro da pesquisa.
A gestão de Jerônimo Rodrigues
Em relação à administração de Jerônimo Rodrigues, os números indicam uma aprovação de 59%, um índice que demonstra um leve declínio em comparação aos 61% registrados em fevereiro deste ano. Com 33% dos eleitores desaprovando sua gestão, fica claro que o governador precisa trabalhar para solidificar sua base e ampliar sua popularidade se quiser garantir a reeleição. Esse é um desafio ainda maior, considerando que o PT já governa a Bahia desde 2007, com o legado contínuo de políticos como Jaques Wagner e Rui Costa.
Desafios para os dois governadores
Ambos os líderes enfrentam o desafio de inovar suas campanhas e reforçar suas propostas para se destacarem em um mercado político saturado e competitivo. As eleições de 2026 ainda estão distantes, mas as estratégias e ações que os governadores tomarem neste período determinarão se conseguirão ou não reverter a atual tendência e conquistar a confiança do eleitorado novamente. A projeção futura é incerta, e é vital que tanto Raquel Lyra quanto Jerônimo Rodrigues estejam atentos às demandas e expectativas dos eleitores para reverter qualquer cenário desfavorável.
A política no Brasil sempre foi dinâmica e, com as eleições se aproximando, as movimentações táticas dos candidatos podem mudar a percepção pública rapidamente. Ambos os governadores têm até lá para se alavancar na corrida eleitoral e se manterem no poder frente a adversários de peso como ACM Neto e João Campos.
Fonte: O Globo