No Encontro pela Amizade entre os Povos, que está acontecendo em Rimini, a mensagem do Papa Leão XIV destacou a importância do testemunho e da missão cristã, inspirando os fiéis a servirem à humanidade em tempos de desafios e incertezas.
A mensagem de Leão XIV
Durante o evento, o Papa fez menção à exposição sobre os mártires da Argélia, ressaltando como sua vida e sacrifício exemplificam a vocação da Igreja. Ele frisou que a missão não deve ser uma exibição ou confronto de identidades, mas um ato de entrega ao próximo, que pode levar até o martírio.
“Esta é a verdadeira via da missão”, afirmou. Para ele, a presença simples e verdadeira da Igreja no mundo deve transcender as barreiras que separam religiões e culturas, mantendo um compromisso com aqueles que sofrem.
Leão XIV enfatizou que o testemunho dos mártires é um convite a permanecer próximo das pessoas, vivendo o essencial da fé. “É a simplicidade e a proximidade que podem tocar o coração da humanidade”, acrescentou.
O testemunho dos mártires da Argélia
A história dos mártires da Argélia é tocante e revela como viveram ao lado do povo, compartilhando suas vidas e provando que a verdadeira missão se realiza através da fraternidade e do amor ao próximo. O bispo mártir Pierre Claverie, que foi assassinado em 1996, destacou seu compromisso com a missão, afirmando que não havia nenhum outro motivo para estar ali, a não ser o amor ao Messias crucificado.
Claverie lembrou que a missão não é uma busca por poder ou influência, mas uma entrega incondicional. “A Igreja de Jesus deve estar sempre ao lado das pessoas que sofrem”, disse ele. A mensagem do Papa ressalta que a Igreja corre risco de se desvirtuar se não estiver próxima da cruz e do sofrimento humano.
O desafio da mundanização
Por fim, o Papa alertou sobre a tendência da Igreja se transformar em uma ONG ou uma organização de poder, perdendo de vista sua verdadeira missão. “A Igreja morre quando não reflete a luz de Cristo, mas tenta brilhar com luz própria”, afirmou. Este diagnóstico crítico é uma convocação para que a Igreja retorne às suas raízes e se comprometa com os necessitados e com aqueles que lutam por uma vida digna.
O ensinamento do Papa Francisco
Na conclusão de sua mensagem, Leão XIV lembrou que a escolha pelos pobres é uma abordagem fundamental da fé, mais do que uma simples categoria sociológica ou política. Ele reiterou que Deus escolhe os humildes e os pequenos, tornando-se um deles para construir sua história. Essa opção deve estar no cerne do Evangelho e da missão da Igreja, que deve incluir a visão dos mais vulneráveis.
Portanto, o testemunho dos mártires da Argélia se torna uma referência poderosa em tempos contemporâneos, instando a Igreja a se recordar de sua verdadeira vocação: estar ao lado de quem mais necessita, refletindo o amor e a esperança de Cristo em cada ação.
Este apelo do Papa é um lembrete de que a verdadeira missão cristã está enraizada na humildade, na doação e na proximidade com o próximo, superando todos os muros que possam separar as diferentes culturas e religiões. Um convite à vivência do amor que deve ser, acima de tudo, a essência do ser cristão.
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