O presidente francês Emmanuel Macron manifestou-se nesta semana sobre a declaração do ex-presidente Donald Trump, de que Vladimir Putin estaria disposto a negociar o fim da guerra na Ucrânia. A afirmação de Trump foi feita durante uma conversa captada por um microfone aberto na segunda-feira, na qual afirmou que o líder russo deseja encerrar o conflito de forma favorável para ele.
Reação de Macron ao otimismo de Trump
Em entrevista ao programa da NBC conduzido por Kristen Welker, Macron afirmou que é “ótimo” ouvir Trump expressar otimismo quanto à capacidade de mediar uma paz entre Moscou e Kyiv. “Seu presidente, de fato, está muito confiante na capacidade de conseguir um acordo, o que é uma boa notícia para todos nós”, disse Macron.
No entanto, o presidente francês também demonstrou ceticismo quanto às intenções realmente de Putin. “Quando olho para a situação e os fatos, não vejo que o presidente Putin esteja realmente disposto a alcançar a paz agora”, destacou Macron. “Talvez eu seja, estou sendo, demasiado pessimista”, completou.
Pressão sobre a Rússia e perspectivas de paz
Macron ressaltou a necessidade de aumentar a pressão sobre Moscou para que haja uma real chance de negociação. “Acho que, em determinado momento, provavelmente teremos que intensificar a pressão sobre a Rússia para garantir que eles queiram a paz. Enquanto o presidente Putin e seus aliados considerarem que podem vencer com força, eles não negociarão”, afirmou.
Posição de Trump e o apoio a Putin
Por outro lado, Donald Trump parece mais otimista e menos cético quanto à possibilidade de uma resolução pacífica. Em conversa ao lado de Volodymyr Zelenskyy, durante visita à Casa Branca, Trump declarou que tanto ele quanto Putin querem que o conflito acabe. “Acredito que o mundo inteiro está cansado disso, e vamos conseguir encerrá-lo”, afirmou.
O cenário ocorre após as reuniões de líderes europeus, incluindo o presidente ucraniano Zelenskyy, em Washington, para mostrar uma frente unida de apoio a Kyiv e evitar que negociações desfavoráveis sejam firmadas devido à pressão russa.
Contexto e perspectivas futuras
Especialistas apontam que a postura de Macron reflete a preocupação com as reais intenções de Putin, diante de uma guerra que já dura mais de três anos e gera instabilidade na região. A estratégia internacional continua alinhada no sentido de fortalecer Kyiv e pressionar Moscou para uma solução pacífica.
Ainda não há sinais concretos de avanços nas negociações de paz, e a comunidade internacional mantém a vigilância sobre o desfecho do conflito, que tem implicações globais significativas.
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