O presidente francês Emmanuel Macron respondeu às declarações feitas por Donald Trump, que afirmou que Vladimir Putin estaria disposto a negociar o fim da guerra na Ucrânia por sua mediação. A conversa, capturada por um microfone aberto na segunda-feira, gerou repercussão internacional e levou líderes europeus, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, a reforçar a unidade em apoio a Kyiv.
Macron sobre possibilidade de paz com Putin
Em entrevista ao NBC, Macron afirmou ter achado “ótimo” ouvir Trump otimista sobre sua capacidade de mediar a paz entre Moscou e Kyiv. “Seu presidente, de fato, está muito confiante quanto à capacidade dele de fechar um acordo, o que é uma boa notícia para todos nós”, declarou Macron.
No entanto, o presidente francês demonstrou ceticismo quanto às intenções de Putin, dizendo que ainda não há sinais claros de que Moscou esteja disposto a encerrar o conflito, iniciado há mais de três anos. “Quando analiso a situação e os fatos, não vejo o presidente Putin realmente disposto a buscar a paz agora”, afirmou Macron. “Talvez eu seja, sou, pessimista demais”, completou.
Pressão sobre a Rússia e a busca por negociações
Macron destacou que, na sua avaliação, será necessário aumentar a pressão sobre Moscou para forçar uma negociação. “Enquanto o presidente Putin e seu governo acreditarem que podem vencer a guerra e obter melhores resultados por meio da força, eles não negociarão”, alertou o presidente francês.
Visões diferentes sobre o fim do conflito
Enquanto Macron permanece cético, Trump parece adotá-lo uma postura mais otimista. Em uma declaração conjunta com Zelenskyy na Casa Branca, o ex-presidente americano afirmou que Putin deseja encerrar a guerra e que o mundo está cansado dela. “Acho que o mundo todo está cansado dela, e vamos acabar com isso”, disse Trump, sem evidenciar sinais concretos de concessões por parte de Moscou.
As declarações de Trump contrastam com o posicionamento de Macron, que reforçou a necessidade de cautela, dado o histórico de recusa de Moscou em abrir mão de interesses territoriais e políticos na região.
Repercussões internacionais e próxima etapa
Após a reunião entre líderes europeus, incluindo Zelenskyy, em Washington, houve uma demonstração de unidade em defesa de Kyiv e contra qualquer acordo que favoreça a Rússia. Os líderes afirmaram a intenção de não permitir pressões negativas sobre a Ucrânia para aceitar termos desfavoráveis.
A expectativa é de que a comunidade internacional continue pressionando Moscou a abrir negociações reais de paz, apesar das dificuldades e da desconfiança quanto às intenções de Putin, que ainda não deu sinais concretos de disposição para encerrar o conflito.
Para mais detalhes, confira a matéria original no HuffPost.