Brasil, 23 de agosto de 2025
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Kristi Noem anuncia que pintarão a cerca da fronteira sul de preto

Secretária de Segurança Nacional justifica a tinta preta com o clima quente, enquanto críticos questionam os custos e a lógica da medida.

Durante uma coletiva nesta terça-feira (20) em Santa Teresa, Novo México, a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, anunciou que a cerca da fronteira sul será toda pintada de preto. A iniciativa, atribuída ao pedido do ex-presidente Donald Trump, visa dificultar tentativas de escalada e escavação, aproveitando também o calor para desestimular a permanência de imigrantes.

Projeto da cerca preta na fronteira

Noem afirmou que a cerca, que já é alta e funda no solo, ganhará uma nova camada de tinta preta, que, segundo ela, aumenta a dificuldade de escapar ou escalar. “É quase impossível fazer escavações sob ela ou subir por ela, devido à sua altura e profundidade no chão”, declarou a secretária. Ela também destacou que a tinta preta fará a estrutura esquentar ainda mais durante o dia, contribuindo para um ambiente não propício para tentativas de atravessamento.

“Este é um pedido do presidente, que entende o efeito do calor nas áreas de fronteira, especialmente nesta época do ano”, acrescentou Noem, que chegou a demonstrar a aplicação da tinta com um rolo durante a coletiva. A medida, no entanto, não foi acompanhada de informações sobre o custo do projeto.

Custos e histórico do projeto

Embora Noem não tenha mencionado o valor, fontes indicam que a modernização do muro de fronteira, incluída na lei de aproximadamente 46,5 bilhões de dólares, poderia custar bilhões de dólares adicionais apenas para a pintura.

Durante o primeiro mandato de Trump, o próprio ex-presidente sugeriu pintar trechos do muro de preto várias vezes, e testes de pintura já haviam sido realizados. Em 2020, a estimativa de custo por milha era de cerca de 1,2 milhão de dólares, e especialistas alertam que o valor atual pode ser significativamente maior, considerando o aumento de preços.

Reações e críticas à medida

Nas redes sociais, opiniões divergiram. Um internauta brincou, “Eles sabem que não há sol à noite, né?”, enquanto outro comentou: “Tudo neste governo é uma tentativa de pintar uma imagem melhor, mesmo que tudo seja uma grande besteira”.

Críticos também questionaram os custos milionários, destacando que bilhões de dólares estão sendo destinados à pintura, enquanto cortes em benefícios para a população estão sendo feitos. “O governo decidiu cortar recursos essenciais para americanos e gastar bilhões na brincadeira de pintar a parede de preto”, afirmou um usuário no Reddit.

Há também quem destaque o caráter simbólico do projeto, comparando-o às ideias do personagem Wile E. Coyote, e brincando que a tinta preta tornará o muro “quente demais para tocar”.

Perspectivas e implicações futuras

Especialistas questionam a eficácia da iniciativa, considerando o alto custo e os poucos resultados concretos até agora. “Gastar bilhões em uma pintura que pouco melhora a segurança ou a eficiência da fronteira questiona a racionalidade da decisão”, comenta um analista de segurança.

Por ora, o governo não divulgou detalhes sobre a implementação completa do projeto ou os custos finais envolvidos. A expectativa é que, se concluído, o muro pintado de preto sirva mais como uma estratégia simbólica do que uma solução prática para os desafios na fronteira.

O debate sobre as medidas de segurança na fronteira continua acalorado, com opiniões polarizadas sobre a melhor forma de garantir a segurança nacional sem gastar fortunas em ações simbólicas ou ineficazes.

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