Brasil, 23 de agosto de 2025
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Hostilidades dos EUA estão ligadas a golpistas, afirma Haddad

Ministro da Fazenda critica tarifas e revela mensagens sobre anistia a Bolsonaro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações contundentes neste sábado sobre a relação entre o Brasil e o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump. Ele mencionou que as “hostilidades” do governo americano têm raízes políticas e se referiu a mensagens trocadas entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teriam como objetivo proteger os interesses de golpistas brasileiros.

A crítica às tarifas impostas pelos EUA

Durante sua participação em uma videoconferência do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, Haddad expressou sua preocupação com as tarifas impostas pelo governo Trump às exportações brasileiras. Ele observou que a relação entre os dois países é vital e que o Brasil busca parcerias comerciais, mas sem comprometer sua soberania.

“Fiz uma reunião na Califórnia com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e as tratativas estavam avançando. No entanto, essa atitude hostil nos surpreendeu e parece que a intenção é afastar o Brasil de seus laços comerciais com os Estados Unidos”, destacou Haddad. Ele reiterou a importância de manter uma postura de diálogo, mas sob condições que respeitem a independência nacional.

Mensagens reveladoras

O ministro referiu-se às mensagens obtidas pela Polícia Federal, que revelaram diálogos entre Jair e Eduardo Bolsonaro, além de outros aliados como o pastor Silas Malafaia. Essas conversas, segundo Haddad, indicam que há um plano para usar as tarifas como uma ferramenta para conseguir uma anistia para o ex-presidente Bolsonaro.

“As mensagens mostram claramente que o único objetivo da hostilidade é livrar a cara dos golpistas e não tem outra finalidade”, afirmou o ministro, referindo-se aos conteúdos expostos que evidenciam como as tarifas poderiam ser manipuladas para obter benefícios políticos para a extrema-direita.

O papel do vice-presidente

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, também esteve presente no evento e comentou sobre a “injustificável” tarifa imposta pelo governo americano. Alckmin, reconhecido por seus posicionamentos mais à esquerda, foi aplaudido ao afirmar que o governo atual é superior ao do antecessor, sem mencionar diretamente Bolsonaro, mas claramente fazendo referência ao contexto político.

O vice-presidente também destacou a importância da soberania nas relações internacionais e reforçou que o governo brasileiro está aberto a negociações, mas sempre em defesa do país.

O tom eleitoral nas falas

Com um olhar direcionado ao período eleitoral que se aproxima, Alckmin enfatizou que “eleição é comparação”, sugerindo que a administração de Lula tem apresentado resultados melhores em diversas áreas. Ele alertou sobre o risco do extremismo e golpismo, lembrando que o governo que salvou o Brasil de um golpe foi o de Lula.

“Se os golpistas tentaram reverter a situação após a perda da eleição, imagina se tivessem ganho. O Brasil deve se unir em torno da democracia”, destacou o vice-presidente. O discurso político, que almeja fortalecer a imagem do governo atual, reverberou na plateia petista, que se mostrou entusiástica diante das falas de Alckmin.

Conclusão: um futuro incerto

As declarações de Haddad e Alckmin refletem a complexa relação entre Brasil e Estados Unidos atualmente. A busca por uma parceria comercial saudável permanece, mas as tensões políticas e as hostilidades do governo Trump podem dificultar esse caminho. A necessidade de diálogo aberto e o respeito mútuo são fundamentais para que se construa um futuro mais promissor, tanto para os dois países quanto para o contexto político brasileiro.

Cabe observar como as movimentações políticas nos próximos meses afetarão essa relação e quais ações serão tomadas por parte do governo brasileiro para garantir a soberania enquanto busca uma solução para as tarifas e as tensões entre os dois países.

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