Brasil, 23 de agosto de 2025
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Defesa de Bolsonaro critica Polícia Federal por divulgação de dados pessoais

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro questiona a atuação da PF e sugere que a investigação deve focar nos fatos, não em notícias.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se nesta sexta-feira (22/8) em relação à atuação da Polícia Federal (PF), destacando que o foco da corporação deveria ser a “apuração dos fatos” e não a “criação de notícias”. Essa declaração surge no contexto das investigações sobre um rascunho de pedido de asilo político à Argentina encontrado no celular do ex-mandatário.

Investigação do STF sobre Bolsonaro

Os comentários da defesa de Bolsonaro foram feitos como explicações em resposta a uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Este inquérito investiga a suposta obstrução do processo relacionada à Ação Penal 2.668, que inspeciona a alegada trama golpista iniciada em 2022, com o intuito de manter Bolsonaro no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.

A defesa do ex-presidente criticou a divulgação de conversas pessoais entre Bolsonaro e seus familiares e aliados políticos, alegando que esse conteúdo é irrelevante para a investigação. “Nada disso deveria importar no relato sobre a investigação. A Polícia Federal, tão acostumada a grandes operações que partem de amplas interceptações telefônicas, sabe que conversas privadas e temas da intimidade não devem ter qualquer destaque”, argumentaram os advogados, ressaltando a necessidade de focar nos fatos realmente relevantes.

Interações polêmicas nas mensagens de WhatsApp

Entre as mensagens reveladas, uma que causou reação negativa no clã Bolsonaro foi a enviada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na qual ele expressa sua indignação de forma agressiva. “Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. VTNC SEU INGRATO DO CARALHO!”, escreveu Eduardo ao pai em uma troca de mensagens pelo WhatsApp.

Prazos e explicações pedidos pelo STF

O ministro Moraes estipulou um prazo até esta sexta-feira para que a defesa de Bolsonaro apresentasse esclarecimentos sobre um documento encontrado que poderia indicar um pedido de asilo político à Argentina. O país vizinho é governado por Javier Milei, um político da extrema direita que é aliado de Bolsonaro e considerado próximo ao ex-presidente.

Segundo informações da Polícia Federal, o rascunho do pedido de asilo teria sido localizado no celular de Bolsonaro em um arquivo de texto, datado de 12 de fevereiro do ano passado, que revela a intenção do ex-presidente de se refugiar na Argentina.

Consequências possíveis para Bolsonaro

As explicações apresentadas ao STF têm como objetivo mostrar ao ministro Moraes que Bolsonaro não violou as medidas cautelares que foram impostas anteriormente, como a proibição do uso de redes sociais. O descumprimento dessas regras poderia resultar em uma possível prisão preventiva do ex-presidente, algo que suas defesas buscam evitar.

No momento, Jair Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar, usando uma tornozeleira eletrônica sob a supervisão de Moraes, enquanto aguarda o desfecho das investigações.

As alegações e defesas ao longo deste processo revelam uma batalha jurídica intensa, que envolve não apenas questões legais, mas também políticas, em um cenário cada vez mais polarizado no Brasil.

Novos desdobramentos em relação a esse caso devem ser esperados nos próximos dias, especialmente à medida que o STF aprofunda suas investigações sobre os possíveis crimes cometidos durante e após o mandato de Bolsonaro.

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