Brasil, 23 de agosto de 2025
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Aos 67 anos, aposentado de Avaré realiza sonho de voar

A emoção de Sebastião Carlos Rodrigues, que voou pela primeira vez, reflete a importância dos laços familiares e a saga da vida.

Emocionante e inspirador. Assim pode ser descrita a história de Sebastião Carlos Rodrigues, um aposentado de Avaré, interior de São Paulo, que aos 67 anos, finalmente realizou o sonho de voar. Este desejo, que o acompanhou desde a infância, foi concretizado através de um presente de seus filhos e netos, que organizaram um passeio de avião sobre a cidade no dia 10 de agosto.

Um desejo que atravessou gerações

A paixão de Sebastião por aeronaves começou ainda na infância, quando ele se encantava ao ver os aviões cortando o céu. “Sempre que via um avião ou helicóptero, corria para avisar a família e ver de perto. Olhava para os aviões com uma curiosidade infinita”, relembra. Seu amor pelos aviões era tão intenso que, mesmo de longe, ele sentia uma euforia ao presenciar as decolagens.

No entanto, as dificuldades financeiras em sua juventude impossibilitaram que Sebastião voasse antes. Ele trabalhou na roça dos 9 aos 19 anos antes de conquistar um emprego como secretário de escola, cargo que ocupou durante 39 anos até sua aposentadoria em 2015. “Foi um caminho longo e difícil, mas sempre tive a esperança de um dia realizar esse sonho”, diz o aposentado.

O momento que mudou tudo

O grande dia chegou por acaso, quando amigos da família organizaram voos panorâmicos no Aeroporto Avaré/Arandu durante o fim de semana do Dia dos Pais. “Quando soubemos da oportunidade, foi um choque de emoção. O meu coração ficou acelerado só de pensar que ele iria voar”, comenta Juliana Clemente Rodrigues, filha de Sebastião.

Com a colaboração de seus filhos Juliana e Lucas, ele embarcou em um pequeno avião, não sem antes ser envolto por um mar de ansiedade e alegria. “Aos 67 anos, parecia uma criança. Seus olhos brilhavam e seu sorriso largo denunciava a felicidade que ele estava sentindo”, relembra Juliana.

Superando desafios

A emoção do voo também teve um significado especial, considerando o histórico de saúde de Sebastião. Ele sofreu um infarto em agosto de 2022, e após uma cirurgia em abril de 2023, passou por um período delicado de recuperação. “Durante esse tempo, percebi a fragilidade da vida. A saúde dele se tornou uma grande preocupação, e eu achei que era o momento dele realizar esse sonho”, afirma Juliana.

As lembranças de dias difíceis marcam a vida de Sebastião. Ele já sobreviveu a três infecções por meningite, o que lhe deu uma nova perspectiva sobre a vida e seus sonhos. “Depois de tudo que passei, cada momento é precioso. Voar foi uma forma de celebrar a vida”, afirma.

O voo e suas repercussões

O voo, que teve duração de cerca de 20 minutos, proporcionou uma visão deslumbrante de Avaré. “Ao entrar no avião, quase chorei de emoção. Foi uma experiência incrível”, conta Sebastião. O passeio foi documentado em vídeo e postado nas redes sociais por Juliana, que deixou uma mensagem tocante aos pais: “Dê valor aos seus pais hoje, porque o amanhã a Deus pertence”.

Após a experiência, Sebastião deixou claro que não tem medo de voar e considera o avião um meio seguro de transporte. Ele até planeja novas aventuras: “Se Deus me permitir, vou voar novamente, quem sabe até para outro estado”, diz ele, reafirmando a determinação e a alegria que o voo lhe proporcionou.

O valor das relações familiares

A história de Sebastião Carlos Rodrigues não é apenas sobre a realização de um sonho. É um testamentar à força dos laços familiares, à importância de valorizar cada momento juntos e ao potencial de superação diante de desafios. “Esse dia será eternamente lembrado como um dos mais felizes de nossas vidas”, conclui Juliana.

Mais do que um passeio aéreo, a jornada de Sebastião se tornou uma celebração da vida, um lembrete sobre a fragilidade do ser humano e a necessidade de aproveitar cada oportunidade com quem amamos.

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