Brasil, 23 de agosto de 2025
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Alckmin afirma que Brasil superará crise comercial com tarifas dos EUA

Vice-presidente Geraldo Alckmin garante que o Brasil vai passar da crise gerada pelas tarifas dos EUA e destaca avanços na redução da dependência do mercado norte-americano

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (23) que o Brasil conseguirá superar a crise provocada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Durante debate promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, ele lembrou que a dependência do mercado norte-americano é menor do que há décadas e que a situação está em evolução favorável.

Reabsorção da crise e impacto nas exportações brasileiras

“Vai passar. Na década de 1980, a nossa exportação para os EUA representava 24%, quase um quarto das vendas externas brasileiras. Hoje, esse percentual caiu para 12%. O que foi afetado pelo tarifão é apenas 3,3%”, destacou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Ele ressaltou que cerca de 36% das exportações brasileiras aos EUA sofrem maior impacto com a tarifa de 50%, principalmente setores de manufatura como indústria de máquinas, equipamentos, têxtil e calçados. “Produtos alimentícios, como carne e café, podem ser vendidos em outros mercados, mas produtos manufaturados levam mais tempo para serem realocados”, explicou o vice-presidente, que vem atuando como principal negociador brasileiro nessa questão.

Perspectivas para diminuir o impacto das tarifas Americanas

Alckmin afirmou que o Brasil não desistirá de tentar reduzir a alíquota de 50% para mais produtos exportados. “Cerca de 42% dos produtos permanecem fora dessa tarifa, enquanto 16% estão sujeitos a taxas semelhantes de outros países, como aço, alumínio e cobre”, esclareceu.

Como alternativa ao impasse, o vice-presidente destacou que o país busca ampliar mercados, com a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, prevista para o final deste ano. Além disso, estão em negociações o acordo do Mercosul com o EFTA (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), Singapura e Emirados Árabes Unidos.

Ações do governo para mitigar prejuízos

Alckmin também citou medidas do governo federal para reduzir os impactos negativos das tarifas às exportações, como abertura de linhas de crédito, suspensão de tributos sobre insumos importados (drawback) e aumento do percentual de restituição de tributos federais às empresas afetadas. Mais detalhes aqui.

Enfoque na esfera internacional e ações na OMC

Alckmin citou ainda a reclamação do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), questionando as tarifas norte-americanas. Ele afirmou que o caso pode evoluir também para tribunais nos Estados Unidos, reforçando a importância de uma postura diplomática firme. Fonte original.

“Você não pode usar política regulatória por razões partidárias ou políticas”, concluiu Alckmin, reforçando o compromisso do governo com a defesa dos interesses brasileiros no cenário internacional.

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