Nos primeiros meses de seu mandato, o presidente Donald Trump investiu mais de US$ 200 milhões em uma reforma ousada na Casa Branca, incorporando elementos de ostentação e estilo pessoal. Entre as mudanças destacam-se a construção de uma nova sala de baile, instalação de novas bandeiras e uma decoração interior luxuosa, refletindo seu gosto por opulência.
Reforma da Rose Garden e instalação de novas bandeiras
Uma das primeiras ações de Trump foi a renovação da Rose Garden, incluindo o pavimento de concreto branco inspirado na propriedade Mar-a-Lago. A reforma, que gerou críticas nas redes sociais, foi motivada por questões práticas, como evitar o lamaçal em dias de chuva. A instalação de duas bandeiras de 88 pés de altura, avaliadas em cerca de US$ 50 mil cada, também chamou atenção. Trump destacou que os mastros são construídos com areia, para maior durabilidade, e que o projeto foi uma prioridade desde seu primeiro mandato.
“Essas são as melhores bandeiras do mundo”, afirmou Trump ao anunciar a conclusão da instalação, que foi acompanhada por demonstrações de patriotismo com a homenagem às forças armadas e a exibição de bandeiras americanas de grande porte na frente da residência oficial.
Sala de baile de US$ 200 milhões
Segundo comunicado oficial, o projeto de construir uma nova sala de baile de aproximadamente 8.400 metros quadrados — custando cerca de US$ 200 milhões — visa substituir o atual East Room, que comporta apenas 200 convidados. Trump anunciou que a nova estrutura, com estilo Louis XIV, contará com lustres de ouro, detalhes sofisticados e capacidade para até 650 pessoas.
A obra, liderada pelo escritório de arquitetura McCrery Architects, deve começar em setembro e está prevista para ser concluída antes do fim do mandato do presidente, como parte de seu legado. Trump afirmou que a nova sala será um “presente ao país” e uma herança duradoura.
Transformações na decoração interna e símbolos de ostentação
O interior da Casa Branca passou por uma transformação extravagante, com a inclusão de dezenas de objetos dourados, incluindo molduras, medalhões e figuras decorativas. O próprio Resolute Desk agora ostenta um porta-copos dourado com o selo presidencial, ao lado de urnas e relíquias personalizadas.
Figuras históricas como George Washington e Ronald Reagan ganharam molduras douradas e posições de destaque nas paredes. Trump também pendurou uma cópia dourada da Declaração de Independência, além de uma réplica do troféu da Copa do Mundo da FIFA, ao lado de fotos de sua família.
Exibição da foto de mugshot e sua influência na narrativa presidencial
Uma das mudanças mais inusitadas foi a instalação de uma moldura de ouro com a foto de prisão de Trump, retirada de um caso na Geórgia em 2023. Trump frequentemente exibe a imagem em seus comícios, brincando que é a “maior foto tão odiada” de história, e revelou que a considera seu “produto mais vendido”.
Atualizações pessoais e detalhes emblemáticos
Trump também voltou a usar seu botão de Diet Coke no Resolute Desk, com a retratação de uma prática que havia sido removida durante a administração Biden. Além disso, planeja substituir o banheiro da ala Lincoln, adotando um estilo mais próximo ao da época de Lincoln, com mobiliário vitoriano e detalhes decorativos do século XIX.
Especialistas em arquitetura criticaram algumas escolhas de design, considerando algumas alterações “excessivamente ostentadas”. Ainda assim, a reforma reflete o gosto único de Trump por luxo, simbolizando sua marca pessoal na Casa Branca.
Impacto e controvérsia
O investimento de US$ 200 milhões gerou reações divididas, com apoiadores elogiando a modernização e o patriotismo destacado, enquanto opositores questionaram o gasto público e a ostentação exibida na residência oficial. A reforma, que promete transformar a Casa Branca em uma estrutura ainda mais monumental, insere uma nova camada na história do edifício e na narrativa política de Trump.
Com os trabalhos avançando rapidamente, o futuro da residência promete mais momentos de destaque e controvérsia, consolidando o estilo extravagante de Trump como uma marca registrada de seu mandato.