O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira que sua administração pretende atuar em Chicago para reforçar o combate ao crime na cidade. A declaração ocorreu quase duas semanas após ele tomar controle da força policial de Washington, D.C., como parte de uma estratégia de combate à criminalidade.
Planos de intervenção em Chicago
“Depois de cuidarmos de Washington, vamos para outro local, e Chicago será o próximo”, afirmou Trump aos jornalistas. “Chicago está um caos, com uma prefeita incompetente, e vamos resolver essa situação, provavelmente a seguir.” Embora ainda não tenha conversado com o prefeito Brandon Johnson, o ex-presidente enfatizou que a intervenção acontecerá “quando estivermos prontos”.
“Chicago é uma cidade muito perigosa, e é triste ver o que aconteceu por lá”, completou Trump. O político critica a gestão local há anos, chamando a cidade de “um desastre de tiroteios” desde 2013.
Histórico de ações contra a violência em Chicago
Durante sua campanha presidencial em 2016, Trump já havia manifestado preocupação com o aumento da criminalidade na cidade, compartilhando nas redes sociais que “o crime está fora de controle, piorando rapidamente”. Em 2020, seu governo enviou agentes federais a Chicago para tentar reduzir os atos de violência, numa ação que fazia parte de uma iniciativa maior do Departamento de Justiça.
Naquele ano, a violência apresentou alta, com um aumento de cerca de 55% nos tiroteios fatais e não fatais em comparação com 2019, segundo dados da cidade. O aumento se deu no contexto de uma crise maior de criminalidade que afetava várias regiões, impulsionada também pelos efeitos da pandemia de COVID-19.
Dados atuais e tendências
Desde 2023, os números na cidade mostram uma melhora. Segundo a polícia de Chicago, houve queda de 15% nos crimes relacionados a armas de fogo neste ano, além de reduções de aproximadamente 32% em homicídios e roubos, e de quase 50% em sequestros veiculares, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Especialistas ouvidos por fontes locais apontam que as ações de Trump podem reforçar o combate à criminalidade, embora ressaltem a necessidade de estratégias estruturais para longo prazo.
Perspectivas futuras
Analistas destacam que, apesar das declarações, a implementação de um reforço federal na segurança de Chicago dependerá de negociações e de uma cooperação efetiva com as autoridades locais. No momento, não há previsão oficial de uma intervenção direta ou de mudanças na política de segurança na cidade.
A atenção da sociedade e dos líderes locais permanece voltada às medidas que possam garantir a segurança e reduzir a violência, especialmente em bairros mais vulneráveis, enquanto a questão do combate ao crime continua sendo uma pauta prioritária na agenda política do país.