Os trabalhadores com carteira assinada (CLT) que possuem contratos de crédito consignado antigos precisarão aguardar a migração automática para o sistema do “Crédito do Trabalhador” para solicitar novos empréstimos. Esse processo pode durar até dois meses, segundo informações oficiais.
Migração automática e prazo de espera
Conforme explicou um técnico do governo, a migração automática foi definida após reclamações de trabalhadores que enfrentaram dificuldades ao tentar renegociar contratos antigos com juros menores, direto com os bancos credores. A partir de 23 de agosto, a transferência dos contratos deverá ocorrer em até 60 dias, permitindo o acesso ao novo modelo de empréstimo.
Regras do programa e o que mudou
Antes, quem tinha contratos no sistema antigo só podia adquirir novas operações após renegociar a dívida existente. Com a nova plataforma, a intenção é facilitar o processo, oferecendo condições mais favoráveis, como juros menores e maior acesso ao crédito, além de eliminar a necessidade de renegociação prévia.
Suspensão do sistema e reabertura
Durante a realização de procedimentos rotineiros, o sistema do consignado privado ficará suspenso entre às 22 horas do dia 20 de agosto e às 6 horas do dia 23, conforme determinação da Dataprev. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclarece que a suspensão não interrompe a contratação, mas a liberação do crédito será possibilitada somente após a reabertura.
Quem já possui operações antigas
Para quem já mantém contratos na modalidade antiga, o processo de migração começará no dia 23 de agosto, e o trabalhador deverá aguardar a conclusão, prevista para até dois meses. Após esse período, será possível solicitar empréstimos no novo sistema por todos os canais disponíveis, como a Carteira de Trabalho Digital e os bancos parceiros.
Impacto e expectativas
A medida busca facilitar a adesão ao crédito consignado, que antes era restrito a funcionários de empresas conveniadas. Desde março, quando o novo sistema entrou em operação, a renegociação e contratação só eram acessíveis por meio digital, dificultando o acesso de alguns trabalhadores.
Segundo a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a migração automática deve ampliar o acesso ao crédito e reduzir problemas relacionados às operações antigas. A iniciativa também visa combater fraudes e irregularidades no setor, como as detectadas em contratos com a Crefisa e outras instituições.
Para mais detalhes sobre o processo, confira a reportagem completa no GLOBO.