Brasil, 22 de agosto de 2025
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Silas Malafaia enfrenta investigações e destaca sua coragem em culto

Pastor reafirma que não teme prisão e critica STF durante culto na Penha.

Na noite da última quinta-feira (21/8), o pastor Silas Malafaia, em seu primeiro culto após ser alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), demonstrou firmeza e coragem diante das investigações que o envolvem. O evento ocorreu na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, localizada na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, onde ele pregou por aproximadamente uma hora.

Uma voz corajosa diante das adversidades

Em seu discurso, Malafaia classificou as investigações como uma tentativa de perseguição e afirmou não ter medo de retaliações. Sua afirmação encheu o público de determinação, e a plateia o apoiou em suas declarações.

“Eu não tenho medo de ser preso, eu não tenho medo de ser retaliado. E a pior coisa é você lutar com alguém que não tenha medo naquilo que você quer lutar. Eu não tenho medo de nada disso”, disse o pastor, deixando claro que estava preparado para enfrentar qualquer situação.

A intolerância religiosa em foco

O pastor também aproveitou o momento para abordar o tema da intolerância religiosa, fazendo duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Malafaia não hesitou em compará-lo a ditadores, citando regimes autoritários como a União Soviética, Coreia do Norte, Cuba e China.

“Essa é a maior prova de que o Estado democrático no Brasil está em perigo”, enfatizou o pastor, apontando a situação do país e a crescente preocupação com a liberdade de expressão e manifestação.

Relato sobre a ação da Polícia Federal

Durante o culto, Malafaia relatou como foi a atuação da PF em sua casa na quarta-feira (20/8). Ele afirmou que os agentes apreenderam quatro cadernos em que costuma anotar suas pregações. Segundo Malafaia, ele pediu para ficar com um dos cadernos, mas a ordem foi de recolher todo o material, uma determinação que ele atribui diretamente a Moraes.

“Não tenho interesse em ser candidato a nada”, declarou Malafaia, negando utilizar a igreja para fins políticos. “Eu sou uma voz profética”, enfatizou. Essa afirmação mostra seu desejo de permanecer fora da política partidária, apesar das pressões e indagações que o cercam.

Vazamento de mensagens e suas implicações

Outro ponto mencionado no culto foi o vazamento das mensagens trocadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o qual foi revelado pela PF. Para Malafaia, o episódio é uma clara invasão de privacidade, mas ele reforçou que o conteúdo demonstrou sua independência política.

“O vazamento trouxe a minha integridade, a minha honestidade de criticar o que tem que criticar, de falar bem o que tem que falar bem”, justificou.

Investigação em curso e suas consequências

Vale ressaltar que Malafaia teve o celular apreendido assim que desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa. Por ordem de Moraes, ele está com o passaporte retido, proibido de deixar o Brasil e de manter contato com outros investigados, incluindo Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

As investigações indicam que Malafaia teria participado de ações coordenadas de desinformação e pressão sobre membros do Judiciário, visando favorecer interesses ligados ao ex-presidente. A situação coloca o pastor em uma posição delicada e o torna um dos protagonistas dessa narrativa em um cenário político conturbado.

Com isso, Malafaia se reafirma como uma figura controversa no cenário religioso e político brasileiro, desafiando as investigações enquanto clama pela liberdade de expressão e continua a angariar o apoio de seus fiéis.

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