O presidente francês Emmanuel Macron declarou nesta semana que achou “ótimo” ouvir Donald Trump otimista quanto à possibilidade de um acordo de paz para o conflito entre Rússia e Ucrânia, após uma conversa captada por um microfone aberto na qual Trump afirmou que Vladimir Putin estaria disposto a encerrar a guerra na Ucrânia devido a ele.
Reação diplomática e o contexto internacional
Macron participou de entrevista ao NBC, na qual afirmou que é positivo o otimismo de Trump sobre a possibilidade de negociação de paz. “Seu presidente, de fato, tem muita confiança na capacidade de fechar esse acordo, o que é uma boa notícia para todos nós”, disse Macron. A entrevista completa pode ser assistida aqui.
No entanto, o líder francês demonstrou ceticismo quanto às reais intenções de Vladimir Putin, que há mais de três anos invade a Ucrânia. “Pelo que vejo da situação e dos fatos, não acredito que o presidente Putin esteja realmente disposto a buscar a paz agora”, afirmou Macron, ressaltando que a postura do líder russo ainda indica uma vontade de manter o conflito para obter melhores resultados através da força.
A posição de Trump e o cenário atual
Contrariando Macron, Donald Trump declarou, ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy nos Estados Unidos, que tanto ele quanto Putin desejam que o conflito termine. “Este senhor quer que termine, e Vladimir Putin também”, afirmou Trump. “Acho que o mundo inteiro está cansado disso, e vamos acabar com a guerra”, acrescentou.
Pressão internacional pelo fim do conflito
Após o encontro de Trump com Putin em Anchorage, Alasca, líderes europeus, incluindo Zelenskyy, viajaram a Washington para consolidar uma frente unida apoiando a Ucrânia. O objetivo é evitar que Kyiv seja pressionada a aceitar acordos considerados desfavoráveis, que possam favorecer a agressão russa, e reforçar a necessidade de manter a pressão sobre Moscou, caso ela continue recusando negociações de paz.
Especialistas destacam que, apesar da confiança de Trump, não há sinais concretos de concessões por parte de Putin que indiquem uma disposição real de pacificação. A comunidade internacional permanece cautelosa diante da possibilidade de um acordo duradouro, enquanto as negociações continuam sendo um tema central no cenário geopolítico.
A situação demonstra um delicado equilíbrio entre otimismo e ceticismo, refletindo as complexidades de um conflito que já dura mais de três anos e que ainda busca um fim pacífico.
