Durante a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy aos Estados Unidos nesta segunda-feira, a análise de gestos e posturas revelou dinâmicas de poder entre os líderes. Gestos de Donald Trump, como o soco no ar e toques dominadores, sugerem uma tentativa de afirmar controle, enquanto Zelenskyy mostrou resistência e compostura.
Gestos de controle de Trump na reunião com Zelenskyy
Segundo especialistas, o gesto de Trump ao pumpar o punho ao chegar no encontro simboliza uma postura de força e preparação para confronto, uma demonstração de domínio. Traci Brown, especialista em linguagem corporal, explica que “o soco simboliza uma ameaça subliminar, indicando que ele se vê em uma posição de defesa, pronto para lutar”.
Além disso, Donald Trump puxou Zelenskyy para perto de si, um movimento que Denise Dudley interpreta como uma tentativa inconsciente de mostrar superioridade. “Trump está movendo Zelenskyy, enquanto o presidente ucraniano tenta manter sua independência ao não deslocar os pés”, diz Dudley, destacando a dificuldade do líder ucraniano em se libertar do controle implícito.
Contato físico e sinais de condescendência
As tentativas de Trump em tocar Zelenskyy foram vistas como ações de condescendência. Dudley observa que “ao colocar a mão no ombro de Zelenskyy, Trump emprega uma postura patronizante, como se estivesse dizendo que o brasileiro não está à altura dele”.
Outro momento marcante foi o comentário de Trump sobre o traje de Zelenskyy, acompanhado de um gesto de reconhecimento, porém, com tom de superioridade. Brown aponta que a postura de Trump ao exibir orgulho pelo traje do ucraniano reforça o controle, usando uma linguagem corporal que “insinua que Zelenskyy precisa da aprovação dele”.
Resistência e postura de Zelenskyy
Apesar do domínio demonstrado por Trump, Zelenskyy evitou se deixar vencer pelo confronto físico. A postura dele, com as mãos entrelaçadas e uma expressão calma, sinaliza resistência e segurança. Karen Donaldson explica que “quando Zelenskyy coloca a mão sobre a de Trump durante o aperto, é uma tentativa de exercer domínio e mostrar que não aceita ser dominado”.
De acordo com especialistas, Zelenskyy manteve o equilíbrio emocional ao segurar a postura, respondendo às ações de Trump com uma comunicação não verbal de firmeza. Essa resistência, mesmo diante da personalidade mais assertiva de Trump, indica uma tentativa de manter a dignidade em um momento de tensão.
Significados e impacto na relação bilateral
Os gestos analisados demonstram uma dinâmica de poder complexa na reunião. Enquanto Trump exibia confiança e superioridade, Zelenskyy tentou manter o controle de sua própria imagem, mesmo sob gestos de superioridade. Como apontado por Karen Donaldson, “a postura de ambos revela que, além das palavras, muito se comunicou por meio da linguagem corporal”.
Especialistas reforçam que esses sinais corporais têm impacto direto na percepção pública e na narrativa diplomática. “A linguagem corporal reforça a mensagem de quem busca impor ou resistir ao domínio, influenciando também a postura internacional de cada líder”, conclui Dudley.
Aftermath e próxima fase
O encontro, marcado por gestos explícitos de poder, mostra o quanto a comunicação não verbal é essencial para compreender as relações entre líderes. A análise desses gestos revela nuances de uma relação que ainda terá muitos desdobramentos na cena internacional e na forma como ambos líderes são percebidos pelos seus públicos.