A 6ª edição das Jornadas Nacionais da Juventude foi aberta com uma Missa na quarta-feira, 20 de agosto, no Estádio Charles Konan Banny, em Yamoussoukro, no centro do país. Na sua homilia, o Bispo da diocese anfitriã, Dom Joseph Aka Kacou, exortou os cerca de 15.000 jovens costa-marfinenses e de outros países africanos presentes a serem discípulos da verdade, da paz e da esperança num mundo atormentado por muitos males.
Uma grande reunião de fé e alegria
Cerca de 15.000 jovens das 15 dioceses da Costa do Marfim, além de participantes de países como Mali, Burkina Faso, Libéria, Guiné, Togo, Benin, Senegal e República do Congo, se reuniram em Yamoussoukro para a 6ª Jornada Nacional da Juventude, que ocorre de 20 a 24 de agosto. Este evento é um momento de alegria, partilha, fraternidade e, acima de tudo, de oração e aprendizado ao redor de Cristo. A Missa de abertura foi presidida por Dom Marcelin Yao Kouadio, Bispo da Diocese de Daloa e Presidente da Conferência Episcopal Marfinense, enquanto a homilia foi proferida por Dom Joseph Aka Kacou, Bispo da Diocese de Yamoussoukro.

Uma peregrinação de fé e esperança
Durante sua homilia, Dom Aka diagnosticou um mundo repleto de «confusão, mentiras e medo do futuro», e lembrou os jovens que a peregrinação a Yamoussoukro é um «testemunho vivo de fé e esperança». Ele ressaltou que a vocação cristã não é sobre riquezas ou facilidades, mas sobre «a verdadeira alegria do amor, a beleza de um coração livre e a força de uma missão». Dom Aka convidou os jovens católicos africanos a cultivarem a humildade, o serviço, a castidade e a oração fiel, e a se deixarem guiar pela Palavra de Deus e nutridos pela Eucaristia.
O Bispo de Yamoussoukro enfatizou que o peregrino é «aquele que caminha com intenção sagrada e sede interior», sublinhando que a verdadeira esperança nasce no silêncio do coração. Esta esperança dará aos jovens a força para escolher «a verdade ao invés do compromisso, a santidade ao invés da mediocridade».
Testemunhas da verdade e da paz
Além disso, Dom Aka encorajou os participantes a serem testemunhas corajosas não apenas através de suas palavras, mas principalmente com «uma vida luminosa, coerente e generosa». Ele exclamou que «a Costa do Marfim e a África precisam de jovens que rejeitem a corrupção, a violência e a indiferença, para que se possa construir uma sociedade baseada em justiça, verdade e paz». Ao concluir sua homilia, o prelado instou o público a se tornarem «peregrinos do Reino, mensageiros da esperança e discípulos fiéis e alegres», inspirando-se na vida do Beato Floribert Bwana Chui, um jovem congolês martirizado por sua postura contra a corrupção.
Antes do término da Missa, o Padre Émile Kélégnon, secretário da Conferência Episcopal, saudou os jovens peregrinos e transmitiu uma mensagem do episcopado marfinense, que defende eleições presidenciais justas e pacíficas em outubro de 2025. Ele fez um apelo para o respeito pela dignidade humana e a rejeição da violência nas eleições futuras.

Uma juventude para Cristo
Entre os milhares de peregrinos, Jeanne Kacou Bli, da Arquidiocese de Abidjan, expressou sua alegria ao participar deste encontro. Para ela, «como jovens, podemos servir Cristo e nos entregar completamente a Ele». Nassa Mathieu, Presidente do Conselho Nacional da Juventude do Burkina Faso, destacou a importância do evento: «Os nossos bispos nos convocam a unirmo-nos para construir uma juventude de paz, especialmente na sub-região da África Ocidental». Ele completou: «Viver estes momentos à volta de Cristo com nossos irmãos e irmãs costa-marfinenses e de outros países africanos é uma graça para nossa África».
Organizado sob o tema «Meu Filho, por que nos fizeste isto?», a 6ª edição da JNJ incluirá catequeses, celebrações eucarísticas, momentos de confissão, e termina no domingo, 24 de agosto, com uma grande Missa na Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro.