No último domingo, John Oliver, apresentador do programa Last Week Tonight, detonou a estratégia de Donald Trump de usar uma força militar para reforçar sua imagem de líder forte em Washington, D.C. Segundo Oliver, a movimentação do ex-presidente para ativar a Guarda Nacional e assumir o controle da polícia local foi uma manobra de publicidade bastante questionável, especialmente diante de crimes em queda e uma situação de segurança relativamente estável na capital.
Uma jogada de marketing ou algo mais?
Oliver explicou que a medida de Trump, defendida com o discurso de “evitar sangue, caos e degradação”, na verdade, parece mais uma tentativa de reforçar sua imagem entre seus apoiadores do que uma resposta a uma crise real. O apresentador destacou que, enquanto isso, as estatísticas criminais de Washington indicam uma das menores taxas de violência em três décadas. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o clima de segurança na cidade tem sido bastante tranquilo recentemente.
Associações indiscretas e uma imagem manchada
Oliver não economizou críticas às ligações de Trump com figuras controversas, como Jeffrey Epstein, além de relacioná-lo ao episódio do ataque ao Capitólio em 2021. “É evidente que Trump está tentando parecer mais forte e durão para seu eleitorado”, afirmou Oliver, acrescentando que o ex-presidente, conhecido por sua ligação com caso de tráfico de menores e por sua gestão tumultuada, tenta esconder suas próprias fragilidades por trás de uma fachada de poder. “Mas, convenhamos, quem está realmente tornando este país mais perigoso é ele mesmo”, completou, fazendo referência à sua proximidade com Vladimir Putin e às ações que desencadearam a insurreição no Capitólio.
“Make America Healthy Again”: uma piada de péssimo gosto
Além de criticar a postura de Trump, Oliver também abordou a iniciativa “Make America Healthy Again”, uma brincadeira com a antiga frase de campanha do ex-presidente, que segundo ele, parece mais uma tentativa de distração do caos instaurado na administração. “O que Trump realmente quer é se consolidar como o homem forte que pode ‘proteger’ o país, mas, na verdade, a sua própria gestão levou o país à beira de um caos ainda maior”, analisou Oliver.
Perspectivas futuras e impacto político
Ao concluir sua análise, Oliver reforçou que a tentativa de Trump de parecer um líder “rudo” não passa de uma estratégia de propaganda, cuja credibilidade está cada vez mais comprometida. A operação na capital, segundo ele, revela mais sobre as fragilidades do ex-presidente do que suas supostas forças. A repercussão na opinião pública e no cenário político ainda está por se definir, mas a crítica de Oliver certamente contribui para fortalecer a narrativa de que a imagem de durão de Trump é, na verdade, uma fachada fragilizada.