Em uma extensa publicação no Instagram, no dia 19 de agosto, o renomado guitarrista e vencedor de 12 Grammys, Jack White, criticou duramente a remodelação do Escritório Oval feita pela administração Trump, classificando a decoração como “vulgar e de mau gosto”.
White denuncia a decoração dourada do Escritório Oval
Jack White afirmou que a transformação do espaço, agora repleto de detalhes em ouro, lembra um “vestiário de lutador profissional”, e afirmou que a decoração é uma afronta à história do local. “Olhem como Trump transformou o White House; virou uma sala brega, coberta de ouro, como a de um lutador de luta livre”, disse o músico, que também fez uma clara referência ao filme ‘Idiocracy’ ao afirmar que o ex-presidente quase conseguiu concretizar uma cena do filme na vida real.
Na mesma postagem, White destacou a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sentado ao lado de Trump, em uma foto que contrastava lideranças reais com a grotesca decoração do ex-presidente americano.
Resposta da Casa Branca e arqui-inimigos políticos
O impacto da fala de Jack White chegou até o governo, onde Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca, respondeu que o artista “é um fracassado que vive de costas para o sucesso, postando bobagens por ter sua carreira estagnada”.
Em resposta à reação oficial, White publicou, em 20 de agosto, uma longa postagem no Instagram, na qual enumerou diversas críticas ao governo Trump, incluindo seu “fascismo evidente”, táticas de ICE, racismo, e sua conduta em relação a crises humanitárias pelo mundo. “Não fui eu quem falou sobre fascismo, foi a decoração do Escritório Oval”, afirmou, mostrando sua indignação com as respostas do governo.
Criticando Trump e defendendo valores democráticos
Na legenda da publicação, Jack White afirmou que foi criado para acreditar que o fascismo tinha sido derrotado na Segunda Guerra Mundial e que nunca mais permitiríamos que ele retornasse ao mundo. Sua mensagem também deixou claro seu posicionamento contra Trump, ao chamá-lo de “perigo para a democracia” e “desequilibrado”, além de simbolizar sua resistência citando figuras históricas como Theodore Roosevelt.
O artista não poupou palavras ao afirmar que Trump representa uma ameaça à própria liberdade mundial, andou criticando a administração por ações consideradas autoritárias e votes polêmicos, incluindo sua vitória nas eleições de 2024, mesmo com uma derrota no voto popular.
Reação do meio artístico e ações judiciais
Jack White, que também faz parte do grupo The White Stripes ao lado de Meg White, foi alvo de uma ação judicial por parte de Trump e sua campanha, por uso indevido da música “Seven Nation Army” — denúncia posteriormente retirada. Mesmo assim, o músico manteve sua postura de oposição, usando as redes sociais para denunciar o que considera abusos e ameaças à democracia americana.
Celebridades como Patton Oswalt, Beverly D’Angelo e Adam Goldberg apoiaram publicamente suas críticas, elogiando a coragem de Jack em usar sua voz para combater o que chama de “fascismo e opressão”.
Perspectivas futuras e impacto cultural
Jack White declarou que sua postura é resultado de seus princípios democráticos e de sua história de combate ao autoritarismo. “Fui criado acreditando que nunca mais permitiríamos fascismo no mundo”, afirmou em uma das várias publicações. Além disso, ele reforçou sua intenção de seguir criticando políticos e abusos de poder, colocando-se como uma voz de resistência artística e política.
Embora sua postura tenha gerado controvérsia, é inegável que o artista permanece firme em seu posicionamento contra Trump e seu governo, defendendo valores democráticos e a integridade de símbolos históricos dos Estados Unidos.
