O músico Jack White, conhecido por seus 12 prêmios Grammy e fundador do The White Stripes, usou sua conta no Instagram nesta semana para criticar duramente a recente reforma da Casa Branca feita por Donald Trump. White classificou a decoração dourada, com medalhões e detalhes ostentosos, como um símbolo de vulgaridade e decadência.
Crítica à estética e ao comportamento de Trump
Em uma publicação extensa, White descreveu a transformação do espaço como algo “vadul e cafona”, comparando a decoração ao camarim de um lutador de wrestling profissional. “Olhe como Trump transformou a história da Casa Branca em um espetáculo de mau gosto com ouro em tudo”, afirmou. Para ele, o presidente representa uma “farsa” e sugere que não deveria possuir armas nucleares, devido ao seu “gosto repulsivo”.
O guitarrista também destacou a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao seu lado na foto, criticando a “sucata de líderes” que, na visão dele, dominam a cena política mundial.
Resposta da Casa Branca e reação ao ataque
De acordo com o jornal The Daily Beast, Steven Cheung, diretor de comunicação do governo, respondeu às críticas de White chamando-o de “um fracassado Broadway, sem relevância, que posta besteiras por ter tempo demais no presente momento da sua carreira”.
Em resposta ao contra-ataque, White publicou um novo post em 20 de agosto. “Engraçado que não fui eu quem denunciou a manipulação fascista do governo, as táticas de ICE ao estilo da Gestapo, ou os comentários racistas”, afirmou. Ele listou ainda denúncias globais envolvendo crianças morrendo em guerra, mentiras do governo americano e o caos instaurado na administração de Trump.
Defesa e críticas adicionais
Questionado sobre críticas de que ele estaria se passando por um artista “farsante”, White respondeu: “Trump é uma farsa como ser humano”. Numa sequência de fotos chocantes relacionadas às ações do governo Trump, Jack declarou: “Fui criado para acreditar que vencemos o fascismo na Segunda Guerra Mundial, e que isso nunca mais aconteceria no mundo”.
O artista afirmou que o comportamento de Trump é uma ameaça global e à democracia e reforçou que sua postura não é pontual, mas uma preocupação constante. “Ele está desmontando a democracia e colocando o planeta em risco todos os dias — e todos sabemos disso”, escreveu no Instagram.
Reação da comunidade artística e histórico de críticas
Alguns artistas reagiram positivamente às críticas de Jack White. O comediante Patton Oswalt comentou: “Você atingiu um nervo, porque eles não costumam fazer declarações assim em relação a terremotos ou ataques armados. Continue assim”. A atriz Beverly D’Angelo também espectou: “Obrigado, Jack. Você dá voz àqueles que precisam, inclusive eu. Eu estou com você”.
White, que lançou seis álbuns solo após o fim do White Stripes, já havia processado a campanha de Trump pelo uso indevido de sua música “Seven Nation Army”. Apesar de o processo ter sido encerrado posteriormente, sua postura contra Trump permanece firme.
Atuação política e posicionamento nas redes sociais
Após a vitória de Trump em 2024, White utilizou sua conta para criticar duramente o sistema eleitoral. Em 6 de novembro, ele afirmou que Trump venceu pelo voto popular, chamando-o de fascista e alertando para seu programa de reformas perigosas, como deportações, invasões ao Congresso e ataques às liberdades civis.
Na legenda de uma de suas publicações, White expressou: “Fui criado para acreditar que derrotamos o fascismo na Segunda Guerra Mundial e que não permitiríamos isso novamente”. Ele também condenou a complacência americana com o que considera ações autoritárias e autoritárias do governo.
Conclusão: uma voz contra o autoritarismo
Com suas críticas veementes, Jack White reforça seu papel de artista engajado e opositor do autoritarismo. Sua postura é vista por apoiadores como Patton Oswalt e Beverly D’Angelo como uma expressão de resistência cultural e política em tempos de polarização e desafios democráticos no Brasil e no mundo.