O Brasil está retomando as obras relacionadas à geração de energia elétrica por meio de usinas hidrelétricas e reforça seus planos de ampliar a capacidade hídrica do país. Na última sexta-feira (22), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a realização de um leilão de contratação de energia de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), além de revelar a intenção de construir uma nova usina binacional com a Bolívia, na região do Rio Madeira.
Retomada das obras hidrelétricas e destaque para as PCHs
Silveira destacou que o sucesso do leilão de PCHs, que resultou na contratação de 816 megawatts (MW) e um deságio de 3,16%, marca um momento importante na indústria hidrelétrica brasileira. Segundo ele, a iniciativa envolveu 65 projetos que representam um investimento estimado de R$ 8 bilhões.
“Este é mais um marco do governo Lula na busca por uma transição energética justa e inclusiva”, afirmou o ministro durante o evento de apresentação dos resultados do leilão. Os empreendimentos vencedores estão distribuídos em 13 estados, sendo a maioria na Região Sul, com destaque para Santa Catarina, que possui 27 projetos.
Plano de construção de usina binacional em parceria com a Bolívia
Além das ações internas, o governo também trabalha em uma parceria com a Bolívia para explorar o potencial hídrico do Rio Madeira. Alexandre Silveira revelou que conversou com o presidente Lula sobre a possibilidade de desenvolver uma segunda usina binacional, inspirado no sucesso de Itaipu, construída em parceria com o Paraguai.
“Para retomarmos as grandes hidrelétricas, estamos intensificando a cooperação técnica com a Bolívia. A ideia é avançar nesse debate e, quem sabe, criar uma nova usina binacional, repetindo o sucesso de Itaipu”, afirmou o ministro.
Perspectivas e impactos futuros
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a iniciativa visa fortalecer a matriz energética brasileira e expandir a geração de energia limpa na região amazônica e no Centro-Oeste. Ainda não há uma previsão definitiva para a construção da nova hidrelétrica, mas a ideia é que os estudos de viabilidade avancem nos próximos anos.
Analistas veem essa combinação de retomada das obras de PCHs e novas parcerias binacionais como passos estratégicos para diversificar as fontes de energia do Brasil, potencializando o uso de recursos hídricos de forma sustentável e cooperação internacional.
Para mais detalhes sobre os planos de cooperação com a Bolívia, consulte o site da Agência Brasil.