Brasil, 22 de agosto de 2025
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Daniel Dae Kim questiona a “overcorrection” em casting étnico

Atleta, ator e produtor, Daniel Dae Kim criticou a abordagem excessiva de casting étnico em Hollywood, defendendo uma visão mais ampla e inclusiva.

Em uma entrevista recente ao American Masters, o ator sul-coreano-americano Daniel Dae Kim afirmou que a indústria do entretenimento tem exagerado na especificidade ao selecionar atores por etnia, frequentemente sem necessidade real para a narrativa.

Criticando a “sobrecorreção” no casting étnico

Questionado sobre sua abordagem ao casting de atores com base na etnia, Kim destacou que a prática muitas vezes é aplicada de forma indiscriminada. “Muito frequentemente, quando nos chamam para papéis que pedem um ator coreano-americano, eles não consideram outros países asiáticos, como japonês ou chinês, mesmo que isso não faça diferença na história”, explicou. “E muitas vezes esses papéis nem são escritos por um(a) asiático(a), então eles realmente não sabem qual nacionalidade estão pedindo.”

Quando a especificidade é necessária

Apesar de criticar a tendência de uma contratação excessivamente específica, Kim reconhece a importância de manter a autenticidade em certos casos, como histórias que envolvem idioma ou cultura específica de um país. “Quando o papel exige o idioma real ou se baseia em uma pessoa com relevância cultural, aí sim, a especificidade faz sentido”, afirmou. “Mas, na maior parte do tempo, estamos interpretando personagens fictícios, que não existem na vida real.”

Universalidade da experiência asiática na América

O ator enfatizou que a experiência de asiatidades nos EUA tem pontos em comum, independentemente da nacionalidade. “O sentimento de ser ‘outro’ e de sentir-se alienado é algo compartilhado por todos nós, seja coreano, chinês, indiano ou malaio”, comentou. “Por isso, a etnia ou nacionalidade, muitas vezes, não deveria ser o foco principal na escolha do ator.”

Proposta de uma abordagem mais sofisticada

Kim sugeriu uma evolução na forma de pensar o casting étnico, partindo de uma premissa bem-intencionada, mas que precisa de refinamento. “Originally, a ideia era que não devíamos considerar todas as etnias iguais, o que é verdade”, disse. “Mas agora é hora de abrir oportunidades de uma maneira mais inteligente e sensível.”

Como exemplo, ele citou sua parceria com Reina Hardesty em Butterfly, personagem que é japonesa-americano e de origem mista. “Escolhi ela propositalmente, porque o sentimento de alienação que ela representa se aplica a qualquer etnia — não precisa ser coreano para entender isso”, concluiu.

Reações e impacto na indústria

O trecho da entrevista viralizou em plataformas como o Reddit, recebendo milhares de votos positivos por sua reflexão espontânea e bem articulada. O posicionamento de Daniel Dae Kim gera discussão sobre uma abordagem mais inclusiva e menos restritiva na indústria do entretenimento, incentivando uma reflexão sobre a verdadeira diversidade.

Por que essa visão deve importar? Segundo analistas, essa mudança poderia ampliar oportunidades para atores de diferentes etnias, garantindo uma representação mais autêntica, sem reforçar estereótipos ou limitações desnecessárias.

Para assistir ao vídeo completo e ler mais opiniões de Daniel Dae Kim, acesse o link.

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