Brasil, 22 de agosto de 2025
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Daniel Dae Kim critica o excesso de “exclusividade” na escalação de atores asiáticos

Daniel Dae Kim, conhecido por seu papel em “Lost”, destacou em entrevista a Hollywood a preocupação com a tendência de “castings específicos” baseados em etnia, chamando atenção para uma possível “sobre correção”.

Críticas à “exclusividade” na escalação de atores asiáticos

Durante entrevista ao American Masters, o ator, de 57 anos e nascido na Coreia do Sul, afirmou que a prática de escolher atores com base na nacionalidade ou etnia específica muitas vezes não faz sentido na ficção. “Muitas vezes, o papel não exige uma etnia específica, mas ainda assim, o casting se torna muito restrito”, afirmou.

Segundo Kim, essa “sobre correção” ocorre por uma compreensão limitada do que é necessário na narrativa. “Se a história não requer detalhes culturais específicos, o ideal é dar oportunidade a atores de diferentes origens”, explicou.

Quando a especificidade é necessária

O ator também fez distinções: “Em casos onde há necessidade de idioma autêntico ou de representar uma pessoa real com significado cultural, a especificidade é importante”, destacou. Mas muitos papéis, segundo ele, são fictícios e não exigem essa restrição étnica.

Universalidade da experiência e sugestões para o futuro

Kim reforçou que a experiência de ser asiático nos Estados Unidos é algo compartilhado independentemente da origem específica. “Sentir-se deslocado é uma vivência comum a todos”, afirmou. Por isso, defende uma abordagem mais sofisticada na escolha de atores, que vá além da etnia específica.

Ele exemplificou com seu papel na série “Butterfly”, onde escolheu a atriz japonesa-americana Reina Hardesty para interpretar sua filha, justamente pelo tema de alienação, que é universal. “Não é preciso ser coreano-americano para entender essa sensação”, concluiu.

Repercussão e impacto na indústria

A declaração de Kim viralizou na rede social Reddit, recebendo milhares de votos positivos por sua reflexão espontânea e bem fundamentada. Muitos internautas elogiaram sua postura de forma clara e corajosa ao falar sobre racismo estrutural e representatividade.

Especialistas e colegas de Hollywood já discutem a necessidade de repensar esses critérios, visando ampliar as oportunidades sem perder a autenticidade da narrativa. Como Kim adiantou, a diversidade de experiências e a universalidade da condição humana devem estar no centro dessas discussões.

Perspectivas futuras

O ator concluiu sua fala destacando que a evolução do entendimento sobre representatividade deve ser mais madura e inclusiva, considerando o contexto da ficção e a diversidade de experiências culturais.

Para assistir à entrevista completa, acesse o vídeo do YouTube [link]. Como você acha que Hollywood deve abordar a questão da representatividade etnorracial? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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